quinta-feira, 14 de junho de 2012

Avanço alemão na Rússia - 1942




Avanço alemão na Rússia


Frente Leste 1942


Na Ucrânia, ocupada pelas tropas do Reich, constitui-se um exército insurgente nacionalista que, a partir de 1942, combate pela independência da região da União Soviética e colabora com os ocupantes. Os propósitos de Hitler na região são exterminar a população local para substituí-la por colonos alemães. Mas aqui a situação se torna ainda mais intrincada, porque o general Andrey Vlasov forma um exército que conclama os ucranianos à deserção do Exército Vermelho e à batalha contra o bolchevismo e o regime de Stalin.


A Campanha Alemã no Verão

No front russo, a contraofensiva do Exército Vermelho no inverno de 1941 não consegue romper o sistema alemão de defesa, concentrado em uma série de cidades-fortalezas. Mas as forças alemãs, espalhadas em uma frente de milhares de quilômetros, começam a sentir algumas graves carências: a aviação não está mais em condições de garantir os suprimentos para as tropas em terra e a consistência numérica dessas tropas se reduziu a tal ponto que, se no papel os alemães dispõem de um grande número de divisões, na prática estas se reduzem muitas vezes a não mais que dois ou três batalhões. A isso se acrescenta a incapacidade da indústria bélica alemã de construir mais tanques e aviões.


Apesar de tudo, Hitler decide que a campanha da Rússia deve prosseguir com avanços fulgurantes. O objetivo principal é a região do Cáucaso (rico em petróleo, cereais e minerais), ainda que a nova ofensiva deva se articular, em uma segunda fase, em duas direções, uma das quais visa a cidade de Stalingrado e o rio Volga (como cobertura estratégica ao avanço no Cáucaso) para em seguida subir a noroeste e se postar na retaguarda dos exércitos russos em formação para a defesa de Moscou.


No dia 7 de maio de 1942 os alemães desencadeiam o ataque na Crimeia e, depois de uma semana, conquistam toda a península (exceto a fortaleza de Sebastopol, que resiste na extremidade sudoeste). Enquanto isso, o grupo de exércitos Sul avança sobre Charkov e faz mais de 240.000 prisioneiros. Em julho, toda a Crimeia está em mãos alemãs, enquanto o VI Exército de Friedrich von Paulus marcha em direção a Stalingrado. A tomada de Rostov, no dia 22 de julho, completa a manobra alemã de amplo raio e interrompe o abastecimento vital de petróleo e cereais do Cáucaso aos exércitos russos.


Um dos muitos e espetaculares avanços carece, porém, dos elementos que até então sempre garantiram o sucesso da Wehrmacht: a rapidez e a força de combate dos blindados, que nesta fase são em número muito menor que no passado. Embora forçado a recuar, os russosque não deixam mais nas mãos do inimigo milhares de prisioneirosmantêm o moral do Exército Vermelho elevado.


No começo de agosto, o espetacular avanço alemão se detém nos primeiros contrafortes da cadeia do Cáucaso, onde a eficácia da resistência soviética é garantida também pelo fato de que no combate estão tropas recrutadas localmente. Ainda que algumas vanguardas alemãs atinjam as margens do mar Cáspio, a ofensiva alemã se detém a cerca de 60 km de Grozny e de seus campos petrolíferos.” p.147-148; 150



fonte: FIORANI, Flavio. História Ilustrada da II Guerra Mundial. Volume 2. Larousse, 2009 . trad. Ciro Mioranza



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seleção: LdeM

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