Operação Barbarossa - Início (2)
“Quando 'Barbarossa' se levanta, o mundo inteiro prende a respiração e se cala.” A. Hitler
“Foi com cento e cinquenta e três divisões, seiscentos mil veículos motorizados, três mil quinhentos e oitenta engenhos blindados, sete mil cento e oitenta e quatro bocas de fogo [canhões] e dois mil setecentos e quarenta aviões que, às 3h15 min da madrugada do dia 22 de junho, Hitler deu o sinal de assalto [ataque] contra a URSS. Em toda a História, era a mais poderosa concentração de forças já realizada num mesmo teatro de operações. Ao lado das tropas alemãs, alinhavam-se doze divisões e sete brigadas romenas, dezoito divisões finlandesas, três brigadas húngaras e duas e meia divisões eslovacas, bem como a División Azul espanhola. Seguindo o exemplo da maior parte das campanhas precedentes, as hostilidades começaram sem qualquer declaração de guerra; mais uma vez, a Luftwaffe se precipitou num ataque maciço que destruiu, no primeiro golpe, a metade dos dez mil (mais ou menos) aviões de guerra russos; como pouco antes na Polônia e na frente ocidental, os invasores penetraram profundamente no território do inimigo, introduzindo por toda parte 'cunhas' de carros de assalto em massa e pegando seus adversários pela retaguarda em todos os setores, durante os anos anteriores, Hitler não se cansara de repetir que a expedição que preparava não se assemelhava à dos argonautas ou qualquer coisa assim; agora ele passava à execução.
Imediatamente atrás das unidades combatentes vinha uma segunda onda, formada por grupos de intervenção. A missão especial a eles atribuída tinha sido formulada por Hitler, desde 3 de março, nestes termos: 'Extirpar a intelligentsia judaico-bolchevique', de preferência no próprio teatro de operações. Foram tais comandos que imediatamente deram a essa fase da guerra esse caráter sem precedentes, que ultrapassava de longe todas as experiências anteriores; e por mais intimamente que a campanha da Rússia estivesse ligada à guerra geral, por sua própria natureza e por sua moral apresentava um aspecto novo: era como uma terceira guerra mundial.
Em todo o caso, saía completamente do esquema e das noções da 'guerra normal', no sentido europeu do termo, cujas regras, até aqui, tinham sido observadas em todos os conflitos, embora na Polônia já se tivesse tido uma amostra de certas práticas inovadoras mais radicais. E era precisamente a lembrança da resistência encontrada pelo regime 'terrorista' das SS junto aos chefes militares locais em território inimigo que tinha incitado Hitler a empreender, na própria zona de combate, suas operações de 'limpeza' ideológica. Pois, após tantas dificuldades, tantos rodeios e frentes de batalha invertidas, esta guerra era sua, era a sua guerra – e aqui ele não faria a menos concessão. […] ”
p. 769-770
fonte: FEST, Joachim. Hitler. RJ, Nova Fronteira, 1976
(Livro VII – Vencedor e Vencido; Cap. II – A 'Terceira' Guerra Mundial)
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Ataque em 3 Vetores
O ataque seguiu três vetores, com extensos deslocamentos de tropas e vanguardas blindadas (agindo como 'cunhas' nos pontos de resistência e 'envolvendo' os grupos do Exército Vermelho)
Norte: rumo a Leningrado, contando com tropas finlandesas e uma divisão espanhola. Leningrado foi alcançada, mas não conquistada. Devido a grande resistência do povo russo, a cidade passou 900 dias sob cerco quase completo.
Centro: rumo a Smolensk, e Moscou. Área mais problemática – principalmente ao sul com os pântanos Pripet e a grande cidade de Kiev – que acabou por causar desvios de tropas e ataques, atrasando o avanço para a capital Moscou, somente alcançada em novembro (ou seja, com 40 dias de atraso, ainda mais em relação a chegada de época de geadas)
Sul: rumo a Rostov, contornando o Mar Negro rumo ao Cáucaso, cadeia montanhosa a sudoeste do Mar Cáspio. As tropas do sul contavam com reforços de tropas húngaras, romenas e italianas que atuavam nas margens do Mar Negro em cidades como Odessa, Kerch, Sevastopol, Rostov.
Veremos mais detalhes nas próximas postagens.
Leonardo de Magalhaens
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mais info sobre a Operation Barbarossa
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sobre os Einsatzgruppen [grupos de intervenção]
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videos da Operation Barbarossa
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propaganda aliada
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videos espanhóis sobre a División Azul
videos romenos sobre as forças romenas
LdeM
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