terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Conquista de Monte Castello - 1944 / 1945


 



FEB na Itália


Conquista de Monte Castello

dezembro 1944 – fevereiro 1945

       “Os três primeiros ataques ao Monte Castello foram realizados pelo mais esquecido dos batalhões do mais esquecido dos regimentos que compuseram a F.E.B.: o III Batalhão do 6º Regimento de Infantaria. Aliás, o III/6º R.I. é o único batalhão, ao que parece, que pode orgulhar-se de ter participado de todas as vitórias brasileiras na Itália: Camaiore (pela 7ª companhia), Monte Prano, toda a campanha do vale do Sercchio até Barga e Gallicano, Monte Castello (três primeiros ataques), Castelnuovo e Soprasasso (ação preparatória sobre S. Maria Villiana e M. della Croce), Montesae (com a famosa patrulha a Monte Buffone), Collechio (8ª companhia e um pelotão da C.P.P. III [Companhia de Petrechos Pesados do 3º Batalhão]) e finalmente Fornovo di Taro. Vamos fazer um resumo do desenrolar dos combates de 24, 25 e 26 de novembro, para depois estudarmos algumas conclusões que, se verificadas na ocasião, teriam evitado, talvez, os ataques fracassados de 29 de novembro e 12 de dezembro de 1944.”

       “Nosso batalhão continuou nas mesmas posições, sendo reserva no ataque realizado dia 29 de novembro por dois batalhões recém-chegados ao fronte: I/1º R.I. e III/11º R.I. Com o fracasso desse ataque, foi o III/6º R.I. retirado da linha de frente, gozando de descanso de três dias (durante o qual teve algumas baixas por bombardeio inimigo) voltando a ocupar as mesmas posições na madrugada de 3 de dezembro. Somente em março de 45, após a conquista de Soprasasso-Castelnuovo, é que o batalhão teria dez dias de descanso em lugar abrigado (Vidiciatico).

      No dia 12 de dezembro houve novo ataque, com três batalhões tirados do 1º R.I. e 11º R.I., sem resultado. Somente em 21 de fevereiro, após o inverno rigoroso, com novo plano de ataque e empregando um regimento completo (1º R.I.), auxiliado por um batalhão do 11º R.I., é que Monte Castello Seria conquistado pelos brasileiros.”

      “Dentre os ensinamentos que poderiam ser tirados para orientar futuras ações no setor de Monte Castello, surge em primeiro lugar as condições de número, físicas e morais, que a tropa a ser empregada deveria preencher. Quanto ao número, ficou evidenciada a perfeita organização do inimigo e seu poderia no baluarte de Monte Castello, exigindo o emprego de pelo menos três batalhões em 1º escalão, e, se possível, do mesmo Regimento, para completa coordenação. Quanto às condições, seria necessária uma tropa ao mesmo tempo descansada e com bastante prática do terreno. Os ataques de 24, 25 e 26 foram feitos por um batalhão exausto e desiludido. Os de 29-XI e 12-XII, por batalhões recém-chegados ao fronte. Além disso, nenhum deles conhecia o terreno onde deveria operar.”


Clóvis Garcia

1º Tenente de Infantaria, nascido em Taquaratinga, São Paulo, 1921. C.P.O.R. de São Paulo, 

1941. Estágio no II/5o R.I. Convocado, como 2º Tenente, em 1943, segui no 1º Escalão da 

E.E.B., com o 6º R.I., como comandante de pelotão de metralhadoras, passando depois a 

comandante de morteiros. Promovido a 1º Tenente e, 15 de fevereiro de 1945. Ferido no 

ataque ao Monte Castello em 26 de novembro de 1944, em Casa M. di Bombiana. Medalhas 

“Sangue do Brasil”, “Cruz de Combate de 2ª Classe”, “de Campanha”, e “de Guerra”. 

Bacharel em Direito.







mais info








...

Nenhum comentário:

Postar um comentário