quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Resistência / Partisans 1943 - 1944








Resistência / Partisans



A Luta da Resistência na Iugoslávia

1943-1944

      “A capitulação da Itália [em setembro de 1943] tem consequências imediatas no teatro de guerra iugoslavo, onde a resistência começou pouco depois da invasão dos exércitos do Eixo, em 1941. Várias formações guerrilheiras, que se reportam a ideologias distintas e às vezes contrapostas, combatem, com sabotagens e emboscadas, contra os ocupantes e contra o Estado, independente croata de Ante Pavelic, alinhado com o Eixo. Os chetniks (do termo 'bando') do nacionalista sérvio Draza Mihailovich atraem parte consistente dos homens do ex-exército monárquico e recebem suprimentos dos ingleses.

      Os chetniks e os comunistas liderados por Tito são inimigos irredutíveis. No final de 1941, os comunistas estabeleceram o primeiro território livre da Europa em uma Sérvia submetida ao jugo nazista. O grupo de Tito frequentemente obtém o apoio de bósnios e eslovenos, que sofriam as atrocidades da ustasha do governo croata de Pavelic. No Montenegro, os chetniks alinharam-se aos italianos na repressão dos 'bandos comunistas'.

      O destino do conflito interno das formações da Resistência mudou repentinamente com a capitulação da Itália: os guerrilheiros de Tito, que encontraram refúgio na Bósnia contra as repetidas ofensivas dos alemães, apoderaram-se de armas e equipamentos das tropas italianas e organizaram algumas brigadas com regimentos do exército de ocupação, que estavam ansiosos por vingar as humilhações infligidas à Iugoslávia pela política fascista. No fim de 1943, os homens guiados por Tito (cerca de 150.000 efetivos) resistiram com êxito às ofensivas alemãs (o número de divisões da Wehrmacht subiu de seis para 13). O movimento de Tito era agora o único movimento de resistência nacional.

      O colapso da Itália também minou o regime fascista de Pavelic na Croácia. Também aqui os comunistas fizeram alianças que lhes permitiram ampliar o apoio popular em torno da resistência dos guerrilheiros. Tito e seus homens combatem em diversas frentes: a da libertação contra os ocupantes, a guerra civil contra os chetniks que se declaram representantes do governo monárquico no exílio em Londres e aquela para o futuro das organizações político-institucionais do país uma vez terminado o conflito mundial. Em 1944, beneficiam-se com a ajuda dos ingleses, que cessam de fornecê-la a Mihailovic, que não hesita em estipular um pacto de colaboração com os alemães para combater os comunistas de Tito. Os Balcãs, atrás das linhas da Wehrmacht que batem em retirada da União Soviética, tornam-se, no início de 1944, um terreno crescentemente mais perigoso.”

pp. 196-197

Fonte: FIORANI, Flavio. História Ilustrada da II Guerra Mundial. Volume 2. São Paulo: Larousse, 2009.


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A Guerra dos Partisans

      “Uma grande contribuição para a luta de libertação da Europa da ocupação nazista foi feita pelos grupos de resistência, os partisans, e a resistência civil também teve um papel de destaque. Muitos civis fizeram sua parte no combate aos regimes dos colaboracionistas e à ocupação nazista com várias ações não violentas – apoio aos clandestinos, assistência aos judeus, propaganda antifascista, greves e desobediência em massa.

      Um amplo movimento clandestino respondeu ao apelo de De Gaulle aos franceses para prosseguir a luta contra o Reich depois do trauma da derrota de 1940. em 1943 os grupos da Resistência e os principais movimentos de oposição ao governo de Vichy se uniram para formar o Conselho nacional da Resistência. Sabotagens e ações de guerra foram realizadas por jovens guerrilheiros franceses (os maquis), que se entregaram à guerrilha de resistência para fugir do recrutamento e do trabalho obrigatório na Alemanha.

     Houve uma resistência semelhante na Itália, que, iniciada em 8 de setembro de 1943, incluiu todos os que nas áreas rurais e nas cidades, no norte e no sul, se batiam contra a ocupação nazista e contra a tentativa de restaurar o fascismo com a República de Salò. O órgão de direção dos vários grupos resistentes – o Comitê de Libertação Nacional da Alta Itália (CLNAI) – reuniu os partidos antifastistas (comunistas, socialistas, liberais, democrata-cristãos, acionistas) e coordenou a resistência partisan, oferecendo uma contribuição essencial para a vitória com a libertação de algumas cidades do norte antes da chegada dos Aliados e restituindo dignidade moral e política a uma população e um país duramente provados pelo conflito.

      Nos Balcãs, a resistência iugoslava desempenhou o principal papel na guerra contra as forças do Eixo; na Grécia, a contribuição significativa para a libertação do país – depois da rendição italiana – foi dada por um momento de resistência dividido. No momento da retirada dos alemães, nacionalistas e comunistas começaram a combater entre si, provocando uma guerra civil que se concluiria alguns anos depois do fim do conflito mundial.”

pp. 251-252


Fonte: FIORANI, Flavio. História Ilustrada da II Guerra Mundial. Volume 3. São Paulo: Larousse, 2009.


Resistance in France


Partisans na Itália


o hino dos partisans – Bela Ciao!



República de Salò (fascista)
setembro 1943 – abril 1945




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