Resistência
/ Partisans
A
Luta da Resistência na Iugoslávia
1943-1944
“A capitulação da Itália [em setembro
de 1943] tem consequências imediatas no teatro de guerra iugoslavo,
onde a resistência começou pouco depois da invasão dos exércitos
do Eixo, em 1941. Várias formações guerrilheiras, que se reportam
a ideologias distintas e às vezes contrapostas, combatem, com
sabotagens e emboscadas, contra os ocupantes e contra o Estado,
independente croata de Ante Pavelic, alinhado com o Eixo. Os chetniks
(do termo 'bando') do nacionalista sérvio Draza Mihailovich atraem
parte consistente dos homens do ex-exército monárquico e recebem
suprimentos dos ingleses.
Os chetniks
e os comunistas liderados por Tito são inimigos irredutíveis. No
final de 1941, os comunistas estabeleceram o primeiro território
livre da Europa em uma Sérvia submetida ao jugo nazista. O grupo de
Tito frequentemente obtém o apoio de bósnios e eslovenos, que
sofriam as atrocidades da ustasha
do governo croata de Pavelic. No Montenegro, os chetniks
alinharam-se aos italianos na repressão dos 'bandos comunistas'.
O destino do conflito interno das
formações da Resistência mudou repentinamente com a capitulação
da Itália: os guerrilheiros de Tito, que encontraram refúgio na
Bósnia contra as repetidas ofensivas dos alemães, apoderaram-se de
armas e equipamentos das tropas italianas e organizaram algumas
brigadas com regimentos do exército de ocupação, que estavam
ansiosos por vingar as humilhações infligidas à Iugoslávia pela
política fascista. No fim de 1943, os homens guiados por Tito (cerca
de 150.000 efetivos) resistiram com êxito às ofensivas alemãs (o
número de divisões da Wehrmacht
subiu de seis para 13). O
movimento de Tito era agora o único movimento de resistência
nacional.
O colapso da Itália também minou o
regime fascista de Pavelic na Croácia. Também aqui os comunistas
fizeram alianças que lhes permitiram ampliar o apoio popular em
torno da resistência dos guerrilheiros. Tito e seus homens combatem
em diversas frentes: a da libertação contra os ocupantes, a guerra
civil contra os chetniks
que se declaram representantes do governo monárquico no exílio em
Londres e aquela para o futuro das organizações
político-institucionais do país uma vez terminado o conflito
mundial. Em 1944, beneficiam-se com a ajuda dos ingleses, que cessam
de fornecê-la a Mihailovic, que não hesita em estipular um pacto de
colaboração com os alemães para combater os comunistas de Tito. Os
Balcãs, atrás das linhas da Wehrmacht
que batem em retirada da União Soviética, tornam-se, no início de
1944, um terreno crescentemente mais perigoso.”
pp. 196-197
Fonte: FIORANI, Flavio. História
Ilustrada da II Guerra Mundial. Volume 2.
São Paulo: Larousse, 2009.
mais
info em
os
resistentes
nacionalistas
fascistas
marechal
Tito
A Guerra dos Partisans
“Uma grande contribuição para a luta
de libertação da Europa da ocupação nazista foi feita pelos
grupos de resistência, os partisans,
e a resistência civil também teve um papel de destaque. Muitos
civis fizeram sua parte no combate aos regimes dos colaboracionistas
e à ocupação nazista com várias ações não violentas – apoio
aos clandestinos, assistência aos judeus, propaganda antifascista,
greves e desobediência em massa.
Um amplo movimento clandestino respondeu
ao apelo de De Gaulle aos franceses para prosseguir a luta contra o
Reich depois do trauma da
derrota de 1940. em 1943 os grupos da Resistência e os principais
movimentos de oposição ao governo de Vichy se uniram para formar o
Conselho nacional da Resistência. Sabotagens e ações de guerra
foram realizadas por jovens guerrilheiros franceses (os maquis),
que se entregaram à guerrilha de resistência para fugir do
recrutamento e do trabalho obrigatório na Alemanha.
Houve uma resistência semelhante na
Itália, que, iniciada em 8 de setembro de 1943, incluiu todos os que
nas áreas rurais e nas cidades, no norte e no sul, se batiam contra
a ocupação nazista e contra a tentativa de restaurar o fascismo com
a República de Salò.
O órgão de direção dos vários grupos resistentes – o Comitê
de Libertação Nacional da Alta Itália (CLNAI) – reuniu os
partidos antifastistas (comunistas, socialistas, liberais,
democrata-cristãos, acionistas) e coordenou a resistência partisan,
oferecendo uma contribuição essencial para a vitória com a
libertação de algumas cidades do norte antes da chegada dos Aliados
e restituindo dignidade moral e política a uma população e um país
duramente provados pelo conflito.
Nos Balcãs, a resistência iugoslava
desempenhou o principal papel na guerra contra as forças do Eixo; na
Grécia, a contribuição significativa para a libertação do país
– depois da rendição italiana – foi dada por um momento de
resistência dividido. No momento da retirada dos alemães,
nacionalistas e comunistas começaram a combater entre si, provocando
uma guerra civil que se concluiria alguns anos depois do fim do
conflito mundial.”
pp. 251-252
Fonte: FIORANI, Flavio. História
Ilustrada da II Guerra Mundial. Volume 3.
São Paulo: Larousse, 2009.
Resistance
in France
Partisans
na Itália
o
hino dos partisans – Bela Ciao!
República
de Salò (fascista)
setembro
1943 – abril 1945
...
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