fonte da imagem de Saipan :
http://ww2db.com/image.php?image_id=4782
Guerra
no Pacífico
1944
Grande
Tiro ao Pato nas Ilhas Marianas
Batalha
de Saipan
19 de junho de 1944: a
marinha japonesa luta para defender as ilhas Marianas naquela que
estava destinada a ser a última das grandes batalhas de porta-aviões
da guerra do Pacífico
Em
15 de junho de 1944 (apenas nove dias depois dos desembarques na
Normandia), uma força de invasão americana de 535 navios alcançou
Saipan, nas (Ilhas) Marianas, depois de uma passagem de nove dias
pelas ilhas Marshalls. Esse grande passo na reconquista do Pacífico
Central foi possível apenas pela maciça concentração de poder
aéreo disponibilizada pela frota de porta-aviões dos EUA.
A
operação provocou a resposta poderosa dos japoneses que os
americanos esperavam. Quase toda a força de superfície do inimigo
foi reagrupada, formando a 1ª Frota Móvel, que reunia cerca de
cinco frotas e quatro porta-aviões leves, com o comando-geral
exercido pelo Vice-Almirante Jisaburo Ozawa, sucessor de Nagumo
[comandante Chuichi Nagumo, 1887-1944] no comando da força de ataque
da Marinha Imperial. Às 430 aeronaves dos porta-aviões de Ozawa
seriam somados mais 540, cujas bases estavam em um anel de pistas
aéreas nas ilhas. Assim, se os americanos fossem atraídos para
batalha dentro desse perímetro, os aviões de Ozawa poderiam ter sua
força dobrada, reabastecendo em qualquer ponto das ilhas e atacando
os invasores por todos os lados.
No
entanto, os japoneses eram inferiores em todos os aspectos, menos no
alcance das armas. A Força-Tarefa 58 (com comando geral da 5ª Frota
do Almirante Raymond Spruance, mas controlada taticamente pelo
Vice-Almirante Marc Mitscher) tinha sete frotas e oito porta-aviões
leves, com 900 aeronaves e tripulação com treinamento superior,
contando ainda com o apoio de porta-aviões de escolta como reforços.
…
“Depois
de deixar as Filipinas em 15 de junho, a frota japonesa avançou sem
problemas, mas sua posição era reportada pelos submarinos dos EUA.
Por outro lado, os aviões de longo alcance de Ozawa conseguiram
localizar Spruance. A Força-Tarefa 58 estava operando em quatro
grupos de porta-aviões rápidos, espaçados em 20 km no centro e
protegidos a 24 km ao oeste pelo grupo de batalha de superfície do
Vice-Almirante Willis Lee (incluindo sete couraçados) disposto em
uma barreira.
Na
manhã de 19 de junho, a Força-Tarefa ainda se ocupava em passar
pelas ilhas quando, às 08h30 (e ainda sem ter sido avistado), Ozawa
realizou um ataque de 69 aeronaves a 480 km de distância, as
aeronaves recebendo ordens de atacar e então reabastecer na praia
antes de retornar. Felizmente, Lee detectou o ataque no radar a 240
km, dando tempo para reunir uma força de Grumman F6F Hellcats,
que destruiu 45 inimigos com o registro de apenas uma perda. Por esse
sacrifício, os japoneses acertaram de raspão três navios e
atingiram o couraçado South Dakota com uma bomba.
Apenas
uma hora depois da primeira manifestação inimiga chegou uma segunda
e mais poderosa onda de atacantes, com 110 aviões. Os americanos,
totalmente alertas e preparados, derrubaram mais 79 aviões, ao custo
de outro acerto de raspão – a recente introdução de munição de
proximidade tinha aumentado muito a eficiência da artilharia
americana.
…
“Incrivelmente,
o Almirante japonês parecia não estar ciente da escala de suas
perdas e acreditava nos relatos otimistas de seus pilotos. Com cerca
de 100 aviões a bordo, mas ainda sem ter sido localizado pelos
aviões de reconhecimento americanos, Ozawa rumou para o oeste para
reabastecer durante a noite e voltar à batalha na manhã seguinte.
Ele, na realidade, já havia sido derrotado, tendo sofrido em 19 de
junho um total de perdas de 346 de aviões, contra 30 perdas
americanas. Não é à toa que os americanos apelidaram o episódio
de 'Grande Tiro ao Pato em Marianas'.
…
“A
controvérsia vai continuar a rondar a questão de se [os Almirantes]
Spruance e Mitscher deveriam ter tomado mais cuidado ou então ter
aproveitado a oportunidade em Saipan e partir para aniquilar [o
vice-almirante] Ozawa. O comandante japonês, embora completamente
derrotado, lutou uma excelente batalha tática. Seja como for, a
vitória americana no mar das Filipinas marcou a destruição final
do poder aéreo naval japonês.” pp. 222-223
fonte:
BISHOP, Chris & Mcnar, Chris. II Guerra Mundial: campanhas dia
a dia: a Guerra no Pacífico : Vol. 03. trad. Tatiana Napoli. São
Paulo: Ed. Escala, 2009.
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