terça-feira, 24 de junho de 2014

1944 Grande Tiro ao Pato nas Ilhas Marianas / Batalha de Saipan



 


fonte da imagem de Saipan : http://ww2db.com/image.php?image_id=4782


Guerra no Pacífico

1944


Grande Tiro ao Pato nas Ilhas Marianas
 
Batalha de Saipan

19 de junho de 1944: a marinha japonesa luta para defender as ilhas Marianas naquela que estava destinada a ser a última das grandes batalhas de porta-aviões da guerra do Pacífico


      Em 15 de junho de 1944 (apenas nove dias depois dos desembarques na Normandia), uma força de invasão americana de 535 navios alcançou Saipan, nas (Ilhas) Marianas, depois de uma passagem de nove dias pelas ilhas Marshalls. Esse grande passo na reconquista do Pacífico Central foi possível apenas pela maciça concentração de poder aéreo disponibilizada pela frota de porta-aviões dos EUA.

      A operação provocou a resposta poderosa dos japoneses que os americanos esperavam. Quase toda a força de superfície do inimigo foi reagrupada, formando a 1ª Frota Móvel, que reunia cerca de cinco frotas e quatro porta-aviões leves, com o comando-geral exercido pelo Vice-Almirante Jisaburo Ozawa, sucessor de Nagumo [comandante Chuichi Nagumo, 1887-1944] no comando da força de ataque da Marinha Imperial. Às 430 aeronaves dos porta-aviões de Ozawa seriam somados mais 540, cujas bases estavam em um anel de pistas aéreas nas ilhas. Assim, se os americanos fossem atraídos para batalha dentro desse perímetro, os aviões de Ozawa poderiam ter sua força dobrada, reabastecendo em qualquer ponto das ilhas e atacando os invasores por todos os lados.
 
     No entanto, os japoneses eram inferiores em todos os aspectos, menos no alcance das armas. A Força-Tarefa 58 (com comando geral da 5ª Frota do Almirante Raymond Spruance, mas controlada taticamente pelo Vice-Almirante Marc Mitscher) tinha sete frotas e oito porta-aviões leves, com 900 aeronaves e tripulação com treinamento superior, contando ainda com o apoio de porta-aviões de escolta como reforços.


      “Depois de deixar as Filipinas em 15 de junho, a frota japonesa avançou sem problemas, mas sua posição era reportada pelos submarinos dos EUA. Por outro lado, os aviões de longo alcance de Ozawa conseguiram localizar Spruance. A Força-Tarefa 58 estava operando em quatro grupos de porta-aviões rápidos, espaçados em 20 km no centro e protegidos a 24 km ao oeste pelo grupo de batalha de superfície do Vice-Almirante Willis Lee (incluindo sete couraçados) disposto em uma barreira.

      Na manhã de 19 de junho, a Força-Tarefa ainda se ocupava em passar pelas ilhas quando, às 08h30 (e ainda sem ter sido avistado), Ozawa realizou um ataque de 69 aeronaves a 480 km de distância, as aeronaves recebendo ordens de atacar e então reabastecer na praia antes de retornar. Felizmente, Lee detectou o ataque no radar a 240 km, dando tempo para reunir uma força de Grumman F6F Hellcats, que destruiu 45 inimigos com o registro de apenas uma perda. Por esse sacrifício, os japoneses acertaram de raspão três navios e atingiram o couraçado South Dakota com uma bomba.

      Apenas uma hora depois da primeira manifestação inimiga chegou uma segunda e mais poderosa onda de atacantes, com 110 aviões. Os americanos, totalmente alertas e preparados, derrubaram mais 79 aviões, ao custo de outro acerto de raspão – a recente introdução de munição de proximidade tinha aumentado muito a eficiência da artilharia americana.


     “Incrivelmente, o Almirante japonês parecia não estar ciente da escala de suas perdas e acreditava nos relatos otimistas de seus pilotos. Com cerca de 100 aviões a bordo, mas ainda sem ter sido localizado pelos aviões de reconhecimento americanos, Ozawa rumou para o oeste para reabastecer durante a noite e voltar à batalha na manhã seguinte. Ele, na realidade, já havia sido derrotado, tendo sofrido em 19 de junho um total de perdas de 346 de aviões, contra 30 perdas americanas. Não é à toa que os americanos apelidaram o episódio de 'Grande Tiro ao Pato em Marianas'.

      “A controvérsia vai continuar a rondar a questão de se [os Almirantes] Spruance e Mitscher deveriam ter tomado mais cuidado ou então ter aproveitado a oportunidade em Saipan e partir para aniquilar [o vice-almirante] Ozawa. O comandante japonês, embora completamente derrotado, lutou uma excelente batalha tática. Seja como for, a vitória americana no mar das Filipinas marcou a destruição final do poder aéreo naval japonês.” pp. 222-223


fonte: BISHOP, Chris & Mcnar, Chris. II Guerra Mundial: campanhas dia a dia: a Guerra no Pacífico : Vol. 03. trad. Tatiana Napoli. São Paulo: Ed. Escala, 2009.



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