terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Guerra no Pacífico - Ilhas Gilbert / Tarawa





Frentes de guerra no Pacífico


novembro 1943 - fevereiro 1944


AS ILHAS GILBERT


“Depois de expulsar as forças japonesas das ilhas Aleutas em meados de 1943, a atenção americana se voltou para a área do Pacífico Central das ilhas Gilbert. A conquista da ilha recebeu o codinome de Operação Galvânica, e o planejamento ficou por conta do Contra-Almirante Raymond A. Spruance. Spruance concluiu que as duas ilhas mais ao oeste, Makin e Tarawa, deveriam ser conquistadas, pois a ação neutralizaria as outras ilhas, que deixariam de receber abastecimentos. Makin foi atacada em 20 de novembro de 1943 e tomada depois de três dias de luta amarga, durante a qual apenas uma das oitenta guarnições japonesas se rendeu. Entre os americanos, 66 soldados foram mortos, e 150, feridos. Ainda assim, a operação em Makin foi relativamente fácil, mas a tomada de Tarawa seria muito diferente.


Uma das principais dificuldades em atacar Tarawa era a presença de recifes de coral submersos, que tornavam extremamente difícil a aproximação das embarcações e que deixariam os americanos vulneráveis ao fogo inimigo. Estava claro que veículos anfíbios de ataque (AMTRACs, ou 'tratores armados') teriam que ser usados. Quando o ataque começou, em 20 de novembro, as embarcações chegando à praia pararam nos corais, pois a água estava ainda mais baixa do que o antecipado – a força inteira foi obrigada a depender de carros-tanques e dos poucos soldados que conseguiram vencer as águas e chegar à praia, enfrentando fogo pesado.


Em certo ponto, parecia que as forças americanas não conseguiriam alcançar a praia, mas elas o fizeram. Os defensores japoneses lutaram até a morte – de uma guarnição de 4.750 homens, apenas 17 se renderam. A luta durou por três dias e mais de mil fuzileiros navais americanos morreram.”

[…]
pp. 220-221




TARAWA SANGRENTA


Batalha do Atol de Tarawa (20-23 de novembro de 1943)

Batalha do Atol de Makin (20-23 de novembro de 1943)


“Os ataques às Ilhas Gilbert e Marshall apontaram como a campanha de 'pular ilhas' deveria seguir. Certas ilhas importantes deveriam ser tomadas, mas outras, onde as guarnições japonesas ficariam isoladas pela perda das linhas de abastecimento, poderiam 'ficar em banho-maria'.


As campanhas foram notáveis por suas lutas ferozes. Tarawa foi difícil de atacar, pois o desembarque acabou sendo impossibilitado pelos corais de recife que cercavam as praias, e a natureza do terreno obrigou as forças americanas a desembarcar do lado oposto das linhas defensivas japonesas, em vez de tentar desembarcar em algum outro ponto do atol e flanquear os defensores. Da mesma forma, enquanto em Roi a ação foi relativamente simples por causa do sucesso do bombardeio preliminar, o terreno de vegetação fechada e os bunkers defensivos bem construídos em Namur e Kwajalein fizeram com que a ferocidade do bombardeio americano fosse mitigada, permitindo que os japoneses sustentassem uma resistência ferrenha contra os atacantes.


Além do valor estratégico, as batalhas no arquipélago das ilhas Gilbert e Marshall forneceram lições valiosas para operações futuras contra as ilhas em domínio japonês. Com a queda de todo o grupo Marshall em 23 de fevereiro de 1944, o cenário estava montado para a Batalha do Mar das Filipinas e a operação contra as ilhas Marianas.“ p. 212


fonte:JORDAN, David e WIEST, Andrew. Atlas da II Guerra Mundial. Volume III. Trad. Tatiana Napoli.São Paulo: Editora Escala, 2008.



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