Mais sobre a campanha no Mediterrâneo (Balcãs e norte da África)
fonte: LEWIN, Ronald. “Churchill – O Lord da Guerra” [Churchill as Warlord]
Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1979 (trad. Cel. Álvaro Galvão)
“Quando se examinava a restauração da Grécia, depois da Primeira Guerra Mundial, Hankey registrou em seu diário uma observação de Lloyd George: 'pela posição geográfica que ocupa e pelo controle de suas ilhas, em caso de guerra a amizade grega pode ser valiosa para uma potência marítima cujas vias de comunicação no Mediterrâneo oriental foram particularmente abertas aos ataques dos submarinos emboscados naquelas ilhas. Ele próprio disse que nunca se sabe quando este ratinho vai roer a corda que amarra o Império Britânico.' Agora, no momento em que Hitler desencadeia a estratégia que descrevera a Mussolini em novembro, Churchill não se depara com um ratinho mordiscante, mas com um tigre saltador, com o pulo de um matador voraz. Wavell previra isto em uma apreciação incrivelmente exata sobre a missão do comando do Oriente Médio, enviada ao CIGS [Chief of the Imperial General Staff, i.e. General Sir Alan Brooke] em 31 de julho de 1940: '... fique a Itália ostensivamente hostil ou nominalmente neutra, a nossa única possibilidade de enfrentar a intenção alemã de dominar o sudeste da Europa reside em obter o controle do Mediterrâneo, o mais cedo possível e, pelo menos, de forma tão completa quanto na Grande Guerra. Talvez seja muito tarde, se não conseguirmos o domínio do Mediterrâneo no primeiro ou segundo mês de guerra.” (p. 85)
“No inverno de 1940-41 existiam indícios abundantes de que já era tarde. Em outubro, Hitler praticamente deu liberdade ao Duce para agir na Grécia, mas em novembro confessou haver cometido 'um erro imperdoável', em meados de dezembro, expediu uma ordem para uma invasão da Grécia, Operação Marita, que poderia ser ampliada se necessário, para a ocupação total do país. Em meados de fevereiro, nas reuniões dos dias 10 e 11, a Comissão de Defesa examinou uma estimativa do Ministério da Guerra sobre a concentração de cerca de 30 divisões alemãs (inclusive cinco blindadas) na Romênia, cujas vanguardas poderiam atingir a fronteira grega, via Bulgária, no dia 12 de março, e alcançar Salônica uma semana mais tarde. Além disso, a transferência do Fliegerkorps X, com seus 150 bombardeiros, da Noruega para o Mediterrâneo anulara instantaneamente a crescente ascendência marítima inglesa. No dia 10 de janeiro, o navio-aeródromo Illustrious quase foi destruído, no dia 11, o cruzador Gloucester foi danificado e o Southampton afundado. Aviões operando de Bengazi e de bases em Rodes e no Dodecaneso começaram a bloquear o canal de Suez com minas magnéticas; fizeram-no com tanta eficiência que o canal fechou diversas vezes no mês de fevereiro, com graves prejuízos para o trânsito. Parecia que por todos os lados se fechava uma rede sobre o 'Mare Nostrum', antes mesmo que fosse realmente nosso.” (p. 86)
fonte: LEWIN, Ronald. “Churchill – O Lord da Guerra” [Churchill as Warlord]
Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1979 (trad. Cel. Álvaro Galvão)
videos
frota britânica
Operation Marita
(ataque alemão à Grécia)
RAF (atuação no norte da África)
Regia Aeronauctica
Fliegerkorps X [Luftwaffe]
(atuação Sicília – Malta – norte da África)
por Leonardo de Magalhaens
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