terça-feira, 4 de agosto de 2015

Ataques atômicos no Japão - agosto 1945






Ataques atômicos


Japão

Agosto 1945



Hiroshima


Necessidade de guerra ou terrorismo?


      Passados 28 meses desde que os Estados Unidos entraram na guerra, ao custo abismal de US$ 2 bilhões (valor daquela época), no dia 16 de julho de 1945, deu-se a primeira explosão experimental no deserto de Álamo Gordo, no Estado de Nevada. Foi um sucesso. O passo seguinte foi jogá-la sobre o Japão, que ainda resistia à ofensiva aérea norte-americana. A decisão final de jogá-la sobre a população civil de um cidade nipônica foi tomada pelo Presidente Harry Truman, que, desde maio de 1945, havia sucedido o falecido Roosevelt.

     No dia 6 de agosto de 1945, às 8h15 da manhã, pelo horário local, o avião "Enola Gay", o B-29 do coronel Paul Tibbetts, sentiu-se aliviado ao desafazer-se da "Little Boy", o artefato atômico de 4 t. que ele carregara penosamente durante as seis horas de vôo até chegar sobre o alvo.

     A tripulação chegou a receber uma onda de impacto daquela nuvem de 9 mil m de altura, resultante da explosão, mas nada se equiparava com que ocorria lá embaixo na ex-cidade de Hiroshima. A mesma operação foi repetida três dias depois, em 9 de agosto de 1945, sobre a cidade de Nagasaki.


     Tempos depois Julius Oppenheimer, com a consciência atormentada pelos estragos causados pela superbomba, comentou que "esses físicos conheceram o pecado de uma forma tão crua que nem a vulgaridade, o humor ou o exagero podem apagar... e esse é um conhecimento do qual eles não podem lançar mão".

     Provavelmente, se os Estados Unidos tivessem sido derrotados na guerra contra o Japão, o presidente Harry Truman, o general Leslie Groves, apelidado de o General Atômico, o coronel-aviador Paul Tibbetts, e os físicos chefiados por Oppenheimer certamente seriam julgados por crimes contra a humanidade. Afinal, o artefato mortífero que lançaram sobre as duas cidades nipônicas ceifou a vida de mais de 200 mil civis, exterminadas numa área considerada não-estratégica. Mas a vitória, como sempre acontece, absolve tudo e, aos olhos dos cidadãos americanos, tornou todos eles seus heróis. 
 









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