quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Conferência de Yalta / Ialta - fevereiro 1945


 
 


Fevereiro 1945

 

Conferência de Yalta

 

Realizada na Crimeia, sul da Rússia, de 4 a 11 de fevereiro, após a expulsão das tropas

germânicas, com a presença dos líderes aliados, para redefinir o mapa europeu,

e as áreas de influência, quando do fim da guerra, prevendo a derrota das

forças nazistas nos campos de batalha e no bombardeio das infraestruturas

alemãs.

 

Os três grandes líderes reuniram-se de 4 a 11 de fevereiro de 1945 em Ialta,

na Crimeia, após mais de cinco anos de guerra e milhões de mortos. Praticamente

já ocupada, a Alemanha não estava mais em condições de resistir por muitas semanas.

A Itália estava rendida, mas o Japão ainda resistia no Oceano Pacífico.

Embora a Segunda Guerra Mundial ainda não estivesse oficialmente encerrada,

Franklin D. Roosevelt, Josef Stalin e Winston Churchill, considerando-se vencedores

sobre os nazistas e fascistas, iniciaram a discussão sobre a ordem internacional no pós-Guerra.

A Conferência de Ialta, às margens do Mar Negro, foi uma das três grandes conferências que

determinaram o futuro da Europa e do mundo no pós-Guerra (além da de Teerã, em 1943,

e a de Potsdam, em meados de 1945). Mesmo que a divisão do mundo não estivesse nos

planos das lideranças aliadas neste momento, a Guerra Fria acabou sendo uma das

consequências do encontro.

Para o historiador Jost Dülffer, da Universidade de Colônia, Ialta tinha boas chances de

estipular uma nova ordem de paz no pós-Guerra: "Foi aprovada uma declaração sobre a

Europa libertada e discutiram-se várias questões, cuja solução era apenas parcial. Por fim,

eles tiveram que se curvar aos fatos: os russos estavam às margens do rio Oder, no Leste,

e os norte-americanos na fronteira oeste da Alemanha".

 


 

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Ao encontrar-se na cidade de Yalta na Crimeia russa de 4 a 11 de fevereiro, Roosevelt,

Churchill e Stalin chegavam cada qual com sua agenda para a conferência. Para Stalin,

os principais objetivos eram a assistência econômica no pós-guerra e o reconhecimento

por parte dos Estados Unidos e da Grã Bretanha de sua esfera de influência na Europa Oriental.

Churchill tinha em mente antes de tudo a proteção do Império Britânico, mas também queria

esclarecer o status político da Alemanha no pós-guerra.

As metas de Roosevelt se concentravam no consenso para a criação das Nações Unidas e

em conquistar o apoio efetivo da União Soviética na guerra contra o Japão uma vez que Hitler

já estava praticamente derrotado. Nenhum deles deixou Yalta completamente satisfeito.

Não houve definição precisa quanto à ajuda financeira à União Soviética. Muitas questões

pertinentes a Alemanha foram diferidas para posterior discussão.

Quanto às Nações Unidas, Stalin queria que todas as 16 Repúblicas soviéticas estivessem

representadas na Assembleia Geral, mas concordou com três – a União Soviética como um todo,

a Bielorússia e a Ucrânia. Entretanto, os soviéticos concordaram em entrar em guerra contra o

Japão noventa dias após a capitulação de Berlim.

Foi sobre o estatuto de pós-guerra da Polônia, porém, que a animosidade e a desconfiança entre

Estados Unidos e a União Soviética que iria caracterizar a Guerra Fria se tornaram mais evidentes.

As tropas do Exército Vermelho já tinham a Polônia sob controle, um governo provisório

pró-comunista já se havia instalado e Stalin mostrou-se inflexível no sentido de os interessas

da União Soviética nessa nação fossem reconhecidos. Os Estados Unidos e a Grã Bretanha

acreditavam que o governo polonês anticomunista no exílio, baseado em Londres, fosse mais

representativo do povo polonês.”

 


 

 

 

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