Frentes
de guerra no Pacífico
novembro
1943 - fevereiro 1944
AS
ILHAS GILBERT
“Depois
de expulsar as forças japonesas das ilhas Aleutas em meados de 1943,
a atenção americana se voltou para a área do Pacífico Central das
ilhas Gilbert. A conquista da ilha recebeu o codinome de Operação
Galvânica, e o planejamento ficou por conta do Contra-Almirante
Raymond A. Spruance. Spruance concluiu que as duas ilhas mais ao
oeste, Makin e Tarawa, deveriam ser conquistadas, pois a ação
neutralizaria as outras ilhas, que deixariam de receber
abastecimentos. Makin foi atacada em 20 de novembro de 1943 e tomada
depois de três dias de luta amarga, durante a qual apenas uma das
oitenta guarnições japonesas se rendeu. Entre os americanos, 66
soldados foram mortos, e 150, feridos. Ainda assim, a operação em
Makin foi relativamente fácil, mas a tomada de Tarawa seria muito
diferente.
Uma
das principais dificuldades em atacar Tarawa era a presença de
recifes de coral submersos, que tornavam extremamente difícil a
aproximação das embarcações e que deixariam os americanos
vulneráveis ao fogo inimigo. Estava claro que veículos anfíbios de
ataque (AMTRACs, ou 'tratores armados') teriam que ser usados. Quando
o ataque começou, em 20 de novembro, as embarcações chegando à
praia pararam nos corais, pois a água estava ainda mais baixa do que
o antecipado – a força inteira foi obrigada a depender de
carros-tanques e dos poucos soldados que conseguiram vencer as águas
e chegar à praia, enfrentando fogo pesado.
Em
certo ponto, parecia que as forças americanas não conseguiriam
alcançar a praia, mas elas o fizeram. Os defensores japoneses
lutaram até a morte – de uma guarnição de 4.750 homens, apenas
17 se renderam. A luta durou por três dias e mais de mil fuzileiros
navais americanos morreram.”
[…]
pp.
220-221
TARAWA
SANGRENTA
Batalha
do Atol de Tarawa (20-23 de novembro de 1943)
Batalha
do Atol de Makin (20-23 de novembro de 1943)
“Os
ataques às Ilhas Gilbert e Marshall apontaram como a campanha de
'pular ilhas' deveria seguir. Certas ilhas importantes deveriam ser
tomadas, mas outras, onde as guarnições japonesas ficariam isoladas
pela perda das linhas de abastecimento, poderiam 'ficar em
banho-maria'.
As
campanhas foram notáveis por suas lutas ferozes. Tarawa foi difícil
de atacar, pois o desembarque acabou sendo impossibilitado pelos
corais de recife que cercavam as praias, e a natureza do terreno
obrigou as forças americanas a desembarcar do lado oposto das linhas
defensivas japonesas, em vez de tentar desembarcar em algum outro
ponto do atol e flanquear os defensores. Da mesma forma, enquanto em
Roi a ação foi relativamente simples por causa do sucesso do
bombardeio preliminar, o terreno de vegetação fechada e os bunkers
defensivos bem construídos em Namur e Kwajalein fizeram com que a
ferocidade do bombardeio americano fosse mitigada, permitindo que os
japoneses sustentassem uma resistência ferrenha contra os atacantes.
Além
do valor estratégico, as batalhas no arquipélago das ilhas Gilbert
e Marshall forneceram lições valiosas para operações futuras
contra as ilhas em domínio japonês. Com a queda de todo o grupo
Marshall em 23 de fevereiro de 1944, o cenário estava montado para a
Batalha do Mar das Filipinas e a operação contra as ilhas
Marianas.“ p. 212
fonte:JORDAN,
David e WIEST, Andrew. Atlas da II Guerra Mundial. Volume III.
Trad. Tatiana Napoli.São Paulo: Editora Escala, 2008.
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