foto: último acampamento do Afrika Korps - milhares de prisioneiros (POW)
entram nos campos da Tunísia
Afrika
Korps se rende na Tunísia
maio
1943
“Cercado
na Tunísia pelo avanço convergente das tropas norte-americanas de
Eisenhower e britânicas de Montgomery, o Afrika
Korps,
como todas as forças alemães, é obrigado a capitular. Com a
proibição de Hitler de realizar uma retirada de suas tropas da
África do Norte, o Eixo sofre um desastre comparável á destruição
do 6o
Exército diante de Stalingrado.
Em
toda a campanha da Tunísia, segundo o secretário Stimson, os
aliados capturaram 266.600 homens, mataram 30.000 e feriram
gravemente 26.400. Suas perdas não ultrapassaram a 70.000 homens.
Durante os três anos de guerra na África, que agora terminara
vitoriosamente, as perdas do Eixo, segundo Churchill, foram de
950.000 mortos e capturados além da destruição de 8.000 aviões,
6.200 canhões e 2.550 tanques.” (fonte:
http://www.tropasdeelite.xpg.com.br/GERMANY_afrika_korps.htm
)
“Mas
a simples movimentação das forças de uma frente para outra criava
problemas logísticos que já não podiam ser resolvidos. Durante
semanas, o Grupo de Exércitos Afrika conseguira operar com o
mais baixo consumo imaginável. A 31 de março, o 1º Exército
Italiano, parado entre ações móveis, só dispunha de combustível
para 64 km por veículo (sem qualquer reserva dentro de uma extensão
de mais de 160 km) e pouco mais de duas distribuições de munição.
O 15º Exército Panzer estava em pior situação. Em meados
do mês [i.e., abril ] esta deteriorara ainda mais. Agora, as Forças
Aéreas Aliadas e Real Marinha Britânica passavam a dominar as rotas
de abastecimento. As importações não substituíam mais o consumo,
e a cabeça-de-ponte tunisiana definhou numa confusão.
Mas,
enquanto os líderes do Eixo se recusavam cegamente a admitir o total
desespero da situação que haviam criado na Tunísia e faziam
ouvidos moucos aos pedidos dos comandantes de campanha para reduzir
suas perdas, a hierarquia na Tunísia começou sutilmente a salvar
alguns dos seus homens mais experientes para lutar na Europa. O
antigo Ajudante-de-Ordens de Rommel, Schmidt, foi mandado para casa,
para casar-se, vários oficiais graduados adoeceram e outros voltaram
para participar de conferências. Nessa circunstâncias, merece
críticas o sistema que sacrificou inutilmente tantos soldados,
apenas algumas semanas depois que a nata do exército alemão bateu
em retirada em Stalingrado [dezembro/1942-janeiro/1943].
Pouco
depois que o 8º Exército chegou a Enfidaville, desfechou um ataque
intenso e persistente, destinado a abrir caminho entre as montanhas –
e fracassou. Entrementes, uma série de ataques aliados tiveram lugar
ao longo da frente, continuando incessante e em diferentes graus de
intensidade a partir de 22 de abril. Para von Arnim, o fato de esses
ataques ocorrerem no vale do Medjerda ou arredores não era surpresa.
O vale, com sua extremidade ocidental em mãos aliadas (muito embora
seus flancos fossem defendidos pelos alemães) era, uma adaga
apontada para o coração da resistência do Eixo – Túnis.
Pelo
começo de maio, a despeito do protesto de Kesselring, von Arnim
decidiu concentrar suas forças mais poderosas em Medjerda – muitas
do AK [Afrika Korps], incluindo toda a sua força blindada.
Naturalmente, movimentos como estes eram totalmente inúteis. Por
volta de 30 de abril, a força blindada alemã queimara seus últimos
cartuchos, sem desmerecer a fama de que gozava.
[…]
Lançando-se
com a habilidade e fúria tradicionais contra Bou Aoukaz, este grupo
heterogêneo [de tropas da AK] obteve resultados que teriam orgulhado
ao próprio Rommel. Na luta intensa que persistiu até o ponto de
exaustão, a 30 de abril, expulsou os britânicos de Djebel.
E,
ali, o AK despediu-se do palco. Se tivesse podido lutar mais, ele o
teria feito. Restavam ainda 69 tanques aptos para combate em quase
tudo, exceto em combustível, de modo que tudo o que as tripulações
podiam fazer era aguardar o fim, que final não se fez esperar muito,
porque enquanto o 8º Regimento Panzer desaparecia na batalha,
o General Alexander [britânico] pôs em ação os preparativos
finais para esmagar o Grupo de Exércitos Afrika.”
“A
6 de maio, Alexander lançou uma força maciça formada da 7ª
Divisão Blindada, 4ª Divisão Indiana, 201ª Brigada de Guardas (de
Enfidanville), da 4ª Divisão de Infantaria britânica e a 6ª
Divisão Blindada (da entrada do vale do Medjerda), na direção de
Túnis, completando seu avanço com retumbante bombardeio aéreo e de
artilharia de dimensões espantosas. Nada poderia resistir `pressão
do ataque e, na verdade, poucos aspiravam a fazê-lo. Vinte e quatro
horas depois, todo o castelo de cartas do Eixo na África ruía.”
pp.
153, 157
fonte
: MACKSEY, Kenneth. Afrika Korps – Rommel no deserto. Rio de
Janeiro: Renes, 1974. trad. N. Japour
…
Tunísia
“A
16 de fevereiro de 1943, abandonando o último farrapo do novo
Império Romano, as retaguardas alemães e italianas, a Leste (AK) e
Oeste (5º Panzer) se retiram, e formam atrás da linha de
Mareth. Rommel traz de volta 129 tanques, cuja metade é rebocada.
Reconduz, reduzidas de dois terços, as imortais divisões do Afrika
Korps, a 15a Panzer, a 21a Panzer
e a 90a Ligeira, assim como a 164a, que se
reunira ao exército na véspera de El Alamein, e cinco pequenas
divisões italianas procedentes da guarnição de Trípoli. 30.000
alemães e 48.000 italianos vem reforçar a cabeça-de-ponte do Eixo
na Tunísia.
Mas
essas tropas tem no seu encalço a Leste o 8o Exército
britânico de Montgomery, com sua extraordinária mescla de ingleses,
escoceses, australianos, neozelandeses, sul-africanos, canadenses,
indianos, malaios, gurkhas, maoris, canaques, somalis, senegaleses e
franceses. A vanguarda é formada pelo corpo de exército do General
Freyber, ao qual se unira a Coluna Leclerc, proveniente do Chade,
através do Saara. As colunas cerradas encontram-se ainda ao redor de
Trípoli e de Bengási, não dispondo de meios para entrar em ação
- tem que esperar várias semanas para atacar a linha de Mareth.
A
Oeste os aliados tinham o 1o Exército britânico,
possuindo até então apenas um corpo de duas divisões, o 19o
Corpo francês, com suas três divisões, e o 2o Corpo dos
EUA, que apesar de ter desembarcado oito divisões, os americanos só
tem formadas a 1a Blindada e a 1a de
Infantaria.
As
forças do Eixo que agora ocupavam o arco de posições elevadas que
cobriam Túnis e Bizerta foram reunidas num comando único às ordens
do general von Arnim. O fim do Afrika Korps, como unidade
combatente separada, foi simbolizado por sua incorporação às
outras forças que se encontravam na Tunísia, e pela partida de
Rommel da África. A longa luta pelo domínio do deserto ocidental,
durante a qual Rommel mostrara suas notáveis qualidades de comando,
era coisa do passado, e suas forças fundiram-se com as de von Arnim
para defender o baluarte montanhoso que era seu último ponto de
apoio na África.”
fonte:
Tropas de Elite. Afrika Korps. acessado em :
http://www.tropasdeelite.xpg.com.br/GERMANY_afrika_korps.htm
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(USA)
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