segunda-feira, 6 de maio de 2013

Afrika Korps se rende na Tunísia - maio 1943







foto: último acampamento do Afrika Korps - milhares de prisioneiros (POW)
entram nos campos da Tunísia



Afrika Korps se rende na Tunísia


maio 1943


Cercado na Tunísia pelo avanço convergente das tropas norte-americanas de Eisenhower e britânicas de Montgomery, o Afrika Korps, como todas as forças alemães, é obrigado a capitular. Com a proibição de Hitler de realizar uma retirada de suas tropas da África do Norte, o Eixo sofre um desastre comparável á destruição do 6o Exército diante de Stalingrado.

Em toda a campanha da Tunísia, segundo o secretário Stimson, os aliados capturaram 266.600 homens, mataram 30.000 e feriram gravemente 26.400. Suas perdas não ultrapassaram a 70.000 homens. Durante os três anos de guerra na África, que agora terminara vitoriosamente, as perdas do Eixo, segundo Churchill, foram de 950.000 mortos e capturados além da destruição de 8.000 aviões, 6.200 canhões e 2.550 tanques.” (fonte: http://www.tropasdeelite.xpg.com.br/GERMANY_afrika_korps.htm )



Mas a simples movimentação das forças de uma frente para outra criava problemas logísticos que já não podiam ser resolvidos. Durante semanas, o Grupo de Exércitos Afrika conseguira operar com o mais baixo consumo imaginável. A 31 de março, o 1º Exército Italiano, parado entre ações móveis, só dispunha de combustível para 64 km por veículo (sem qualquer reserva dentro de uma extensão de mais de 160 km) e pouco mais de duas distribuições de munição. O 15º Exército Panzer estava em pior situação. Em meados do mês [i.e., abril ] esta deteriorara ainda mais. Agora, as Forças Aéreas Aliadas e Real Marinha Britânica passavam a dominar as rotas de abastecimento. As importações não substituíam mais o consumo, e a cabeça-de-ponte tunisiana definhou numa confusão.

Mas, enquanto os líderes do Eixo se recusavam cegamente a admitir o total desespero da situação que haviam criado na Tunísia e faziam ouvidos moucos aos pedidos dos comandantes de campanha para reduzir suas perdas, a hierarquia na Tunísia começou sutilmente a salvar alguns dos seus homens mais experientes para lutar na Europa. O antigo Ajudante-de-Ordens de Rommel, Schmidt, foi mandado para casa, para casar-se, vários oficiais graduados adoeceram e outros voltaram para participar de conferências. Nessa circunstâncias, merece críticas o sistema que sacrificou inutilmente tantos soldados, apenas algumas semanas depois que a nata do exército alemão bateu em retirada em Stalingrado [dezembro/1942-janeiro/1943].

Pouco depois que o 8º Exército chegou a Enfidaville, desfechou um ataque intenso e persistente, destinado a abrir caminho entre as montanhas – e fracassou. Entrementes, uma série de ataques aliados tiveram lugar ao longo da frente, continuando incessante e em diferentes graus de intensidade a partir de 22 de abril. Para von Arnim, o fato de esses ataques ocorrerem no vale do Medjerda ou arredores não era surpresa. O vale, com sua extremidade ocidental em mãos aliadas (muito embora seus flancos fossem defendidos pelos alemães) era, uma adaga apontada para o coração da resistência do Eixo – Túnis.

Pelo começo de maio, a despeito do protesto de Kesselring, von Arnim decidiu concentrar suas forças mais poderosas em Medjerda – muitas do AK [Afrika Korps], incluindo toda a sua força blindada. Naturalmente, movimentos como estes eram totalmente inúteis. Por volta de 30 de abril, a força blindada alemã queimara seus últimos cartuchos, sem desmerecer a fama de que gozava.

[…]


Lançando-se com a habilidade e fúria tradicionais contra Bou Aoukaz, este grupo heterogêneo [de tropas da AK] obteve resultados que teriam orgulhado ao próprio Rommel. Na luta intensa que persistiu até o ponto de exaustão, a 30 de abril, expulsou os britânicos de Djebel.

E, ali, o AK despediu-se do palco. Se tivesse podido lutar mais, ele o teria feito. Restavam ainda 69 tanques aptos para combate em quase tudo, exceto em combustível, de modo que tudo o que as tripulações podiam fazer era aguardar o fim, que final não se fez esperar muito, porque enquanto o 8º Regimento Panzer desaparecia na batalha, o General Alexander [britânico] pôs em ação os preparativos finais para esmagar o Grupo de Exércitos Afrika.”


A 6 de maio, Alexander lançou uma força maciça formada da 7ª Divisão Blindada, 4ª Divisão Indiana, 201ª Brigada de Guardas (de Enfidanville), da 4ª Divisão de Infantaria britânica e a 6ª Divisão Blindada (da entrada do vale do Medjerda), na direção de Túnis, completando seu avanço com retumbante bombardeio aéreo e de artilharia de dimensões espantosas. Nada poderia resistir `pressão do ataque e, na verdade, poucos aspiravam a fazê-lo. Vinte e quatro horas depois, todo o castelo de cartas do Eixo na África ruía.”

pp. 153, 157


fonte : MACKSEY, Kenneth. Afrika Korps – Rommel no deserto. Rio de Janeiro: Renes, 1974. trad. N. Japour






Tunísia


A 16 de fevereiro de 1943, abandonando o último farrapo do novo Império Romano, as retaguardas alemães e italianas, a Leste (AK) e Oeste (5º Panzer) se retiram, e formam atrás da linha de Mareth. Rommel traz de volta 129 tanques, cuja metade é rebocada. Reconduz, reduzidas de dois terços, as imortais divisões do Afrika Korps, a 15a Panzer, a 21a Panzer e a 90a Ligeira, assim como a 164a, que se reunira ao exército na véspera de El Alamein, e cinco pequenas divisões italianas procedentes da guarnição de Trípoli. 30.000 alemães e 48.000 italianos vem reforçar a cabeça-de-ponte do Eixo na Tunísia.

Mas essas tropas tem no seu encalço a Leste o 8o Exército britânico de Montgomery, com sua extraordinária mescla de ingleses, escoceses, australianos, neozelandeses, sul-africanos, canadenses, indianos, malaios, gurkhas, maoris, canaques, somalis, senegaleses e franceses. A vanguarda é formada pelo corpo de exército do General Freyber, ao qual se unira a Coluna Leclerc, proveniente do Chade, através do Saara. As colunas cerradas encontram-se ainda ao redor de Trípoli e de Bengási, não dispondo de meios para entrar em ação - tem que esperar várias semanas para atacar a linha de Mareth.

A Oeste os aliados tinham o 1o Exército britânico, possuindo até então apenas um corpo de duas divisões, o 19o Corpo francês, com suas três divisões, e o 2o Corpo dos EUA, que apesar de ter desembarcado oito divisões, os americanos só tem formadas a 1a Blindada e a 1a de Infantaria.

As forças do Eixo que agora ocupavam o arco de posições elevadas que cobriam Túnis e Bizerta foram reunidas num comando único às ordens do general von Arnim. O fim do Afrika Korps, como unidade combatente separada, foi simbolizado por sua incorporação às outras forças que se encontravam na Tunísia, e pela partida de Rommel da África. A longa luta pelo domínio do deserto ocidental, durante a qual Rommel mostrara suas notáveis qualidades de comando, era coisa do passado, e suas forças fundiram-se com as de von Arnim para defender o baluarte montanhoso que era seu último ponto de apoio na África.”


fonte: Tropas de Elite. Afrika Korps. acessado em : http://www.tropasdeelite.xpg.com.br/GERMANY_afrika_korps.htm





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