quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Etapas do Holocausto - Segregação em Guetos



A Segregação

Os guettos

O Ghetto de Varsóvia (Warsaw)

Varsóvia, a capital da Polônia fora ocupada desde setembro/outubro de 1939

A ordem para a segmentação - criação do guetto – foi expedida em  setembro/outubro de 1940, ou seja, no momento em que a França se tornava 'colaboracionista' (com o Governo de Vichy), e a Grã-Bretanha lutava para se defender de uma 'invasão pelo Canal da Mancha'.




“Atrás dos Muros”

“Originalmente, cerca de 400.000 judeus – moradores da capital e refugiados das províncias – foram espremidos na área do gueto de Varsóvia, que em novembro de 1940 cobria 340 hectares, incluindo um cemitério judeu ... Posteriores reduções de tamanho produziram mudanças internas e consequente superpovoamento, de modo que milhares de famílias foram muitas vezes deixadas sem abrigo... A situação se agravou ainda mais quando 72.000 judeus do distrito de Varsóvia foram transferidos para o gueto, fazendo com que o total de refugiados chegasse a 150.000 e a população total do gueto atingisse mais de 500.000 ...

O número médio de pessoas por cômodo era de 13, enquanto milhares permaneciam desabrigadas ...

Os portões do gueto eram vigiados do lado de fora por policiais alemães e poloneses, e do lado de dentro pela milícia judaica (Ordnungdienst). Só quem tinha uma permissão especial podia entrar ou sair .. Em outubro de 1941 as autoridades anunciaram que o ato de sair do gueto sem permissão seria punido com a morte ...

A população do gueto recebia diariamente uma quantidade de comida que equivalia a 184 calorias per capita, enquanto os poloneses recebiam 634 e os alemães, 2.310 ... A média distribuída por pessoas era de 250 gramas de açúcar e dois quilos de pão por mês. Os ingredientes do pão eram misturados com serragem e casca de batata ...

O gueto sofria de desemprego em massa...

Havia uma grave carência de combustível para aquecer as casas. No inverno de 1941-42, entre os 780 apartamentos investigados 718 deles não possuíam aquecimento ...

Tais condições causavam epidemias, especialmente de tifo. As ruas ficavam cobertas de cadáveres vítimas de inanição e de doenças. Bandos de crianças vagavam pelas ruas em busca de comida ...

Estima-se que, até o verão de 1942, mais de 100.000 judeus tenham morrido no gueto propriamente dito.”


Encyclopedia Judaica, vol. 16
Varsóvia: período do Holocausto




In: BAUMAN, Janina. Inverno na Manhã. Uma Jovem no Gueto de Varsóvia. Jorge Zahar ed., 2005. trad. Carlos Alberto Medeiros


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Judeus no Leste


“Às 5 hs da manhã de 22 de junho de 1941, 130 divisões de Hitler, divididas entre três grupos de exércitos, tinham avançado através da fronteira para invadir a Rússia. Na retaguarda de cada grupo de exército vieram os enxames de esquadrões de extermínio SS, encarregados por Hitler, Himmler e Heydrich com a função de eliminar os comissários comunistas e as comunidades judaicas rurais das vastidões invadidas pelo exército, e cercar as grandes comunidades judaicas urbanas em ghettos de cada grande cidade para o posterior 'tratamento especial'.

O Exército conquistou Riga, capital da Latvia (Letônia), em 1º de julho de 1941, e no meio daquele mês os primeiros comandos SS chegaram. As primeiras unidades das seções SD e SP das SS se estabeleceram em Riga em 1º de agosto de 1941, e iniciou o programa de extermínio que deixaria a Ostland (nome dado aos três países bálticos ocupados) livre de judeus.

Então foi decidido em Berlim usar Riga como um transitório campo de morte para os judeus da Alemanha e da Áustria. Em 1938 haviam 320.000 judeus-alemães e 180.000 judeus-austríacos, cerca de meio milhão. Em julho de 1941 dezenas de milhares tinham sido repartidos, principalmente em campos de concentração dentro da Alemanha e Áustria, notadamente Sachsenhausen, Mauthausen, Ravensbrück, Dachau, Buchenwald, Belsen, e Theresienstadt na Boêmia. Mas os campos ficavam superlotados, e as terras obscuras do leste pareciam um lugar excelente para acabar com o resto. O trabalho começou a se expandir ou iniciar os seis campos de extermínio em Auschwitz, Treblinka, Belzec, Sobivor, Chelmno, e Maidanek. Até que eles estivessem prontos, contudo, um lugar foi encontrado para exterminar tanto quanto possível e 'armazenar' o resto. Riga foi escolhida.

Entre 1º de agosto de 1941 e 14 de outubro de 1944 quase 200.000 judeus alemães e austríacos, exclusivamente, foram embarcados para Riga. Oito mil ficaram lá, mortos; 120.000 foram enviados aos seis campos de extermínio do sul da Polônia já mencionados; e 400 sobreviveram, metade deles para morrer em Stutthof ou na Marcha da Morte de volta a Magdeburg. […]

O ghetto de Riga foi uma parte integral da cidade e sido antes o lar dos judeus de Riga. […] O ghetto ficava na borda norte da cidade, com zona rural aberta para o norte. Havia um muro ao longo do sul; os outros três lados eram isolados com fileiras de arame farpado. Havia um portão, no lado norte, através do qual se saía e entrava. Era guardado por dois vigias da SS letoniana. A partir deste portão, seguindo para o centro do ghetto para o muro sul, estava a Mase Kalnu Iela, ou Rua da Colina (Little Hill Street). À direita (olhando-se do sul ao norte ao portão) estava a Praça Blech, ou Praça da lata (Tin Square), onde ocorriam as seleções para execução, através de listas de chamadas, seleção para trabalho forçado, açoites e enforcamentos. As forças com seus oito ganchos de aço e os permanentes nós corrediços oscilando ao vento lá no centro da praça. […]

Todo o ghetto devia ter menos de duas milhas quadradas, um distrito que abrigava 12.000 a 15.000 moradores. Antes de nossa chegada os judeus de Riga, ao menos 2.000 deles restavam, haviam feito o trabalho de tijolamento, assim a área deixada para o nosso transporte de apenas pouco mais de 5.000 homens, mulheres e crianças foi espaçosa. Mas após termos chegado os transportes continuaram chegar dias após dia até a população da nossa parte do ghetto chegar a 30.000 a 40.000, e com a chegada de cada novo transporte um número dos moradores igual ao número dos novatos sobreviventes deviam ser executados para deixar espaço para os recém-chegados.”


pp. 32-35 (trad. LdeM)



mais sobre o Ghetto de Riga


“O trabalho era exaustivo, suficiente para arruinar a constituição de um homem saudável, pois trabalhávamos, verão e inverno, principalmente lá fora no frio e úmido das regiões baixas próximas a costa da Letônia.

Nossa refeição (ração) era meio litro de algo chamado de sopa, principalmente água tingida, às vezes com um naco de batata, antes de marchar para trabalhar nas manhãs, e outro meio litro, com uma fatia de pão preto e batata mofada, ao retornar para o ghetto à noite.

Trazer comida para o ghetto era punível com imediato enforcamento diante da população reunida à noite na chamada na Praça da Lata (Tin Square), apesar disso, correr este risco era o único modo para ficar vivo.”

p. 36 (trad. LdeM)


fonte: FORSYTH, Frederick. The Odessa File. USA, Penguin, 1972.




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Mais sobre o Ghetto de Varsóvia


wikipedia

livros

Janina Bauman
(“Winter in the Morning”)

videos




filmes

 O Pianista

A Lista de Schindler

La Vita è bella

Um Homem Bom (Good)

comentários sobre os filmes sobre Nazismo
(por Isabela Boscov)

Os falsários de Hitler
Prisioneiros usados em trabalho ilegais para o III Reich

filme (The Counterfeiters, 2007)

Os Carrascos Voluntários de Hitler
(Daniel Goldhagen)

A posição da Igreja Católica

Peça teatral “O Vigário” (Der Stellvertreter)
do alemão Rolf Hochhuth


O Papa de Hitler
(John Cornwell)

videos



1941/43 – URSS sofre a ação dos Einsatgruppen SS

videos

(français)

filme soviético


LdeM

sábado, 10 de setembro de 2011

Desacordos entre Hitler e os generais alemães



Operação Barbarossa


Agosto – Setembro - Outubro 1941

Desacordos entre Hitler e os generais alemães



“Apesar da rapidez de seu avanço, os alemães só conseguiram executar um daqueles grandes movimentos envolventes – base do conceito operacional da campanha da Rússia – no setor central. Nas outras batalhas, tiveram de se limitar a empurrar para a frente a grande massa de adversários. […]


Em agosto, as tropas alemãs, depois de conseguir atravessar a 'linha Stálin', obtiveram, em todos os setores do front, êxitos espetaculares, graças a manobras de envolvimento; todavia, pareceu ao mesmo tempo em que as previsões otimistas do mês anterior tinham sido enganosas: por mais fabuloso que tenha sido o número de prisioneiros, as reservas do inimigo, constantemente renovadas, pareciam mais fabulosas ainda. Além disso, os soldados se batiam com mais garra do que as tropas polonesas ou aliadas, e sua firmeza na resistência, depois de certas crises iniciais, intensificou-se ainda mais quando se deram conta do caráter implacável da guerra praticada por Hitler. E depois, o desgaste do material na poeira e na lama russas era infinitamente maior do que se havia calculado, e cada vitória arrastava o vencedor, cada vez mais profundamente, para dentro desses espaços imensos. Pela primeira vez, além disso, a máquina de guerra alemã parecia ter atingido o limite de sua capacidade.


[…]

O OKH e o general-comandante do grupo de exércitos do setor central intercederam para que se concentrassem todas as forças numa ofensiva contra Moscou. Quando estivessem às portas da capital, o inimigo, pensavam eles, reuniria todas as tropas disponíveis; esforça-se-ia por travar uma batalha decisiva  e, assim, provocaria o fim da campanha com o triunfo da guerra-relâmpago. Por seu lado, Hitler queria que se atacasse ao norte, a fim de cortar aos soviéticos o acesso ao Báltico; queria também que se prosseguisse a grande avançada em direção ao sul, tomando como objetivo as regiões agrárias da Ucrânia e a zona industrial da bacia do Don. Toda a operação devia ser coroada pelo embargo das entregas de petróleo do Cáucaso; era um plano que, pela sua miscelânea quase exemplar, demonstrava, ao mesmo tempo, a superioridade de Hitler e até que ponto ele se deixaria encurralar; pois, embora ostentasse o ar de alguém que pode dar-se o luxo de ignorar a capital, ele tentava de fato por fim à enorme tensão – que começava a se fazer sentir seriamente – da situação econômica. 'Meus generais não conhecem nada da economia de guerra...' - não se cansava de repetir. Uma cerrada discussão, que mais uma vez evidenciou a instabilidade das relações entre Hitler e seus oficiais generais, terminou pela remessa de instruções ao grupo de exércitos do centro, ordenando que pusessem suas unidades motorizadas à disposição dos setores do norte e do sul. 'Insustentável', 'inaudito', anota Halder, e sugere a Brauchitsch que os dois se demitiam de suas funções. Mas o comandante-chefe recusou.”

pp. 772-74



fonte: FEST, Joachim. Hitler. (Hitler, eine Studie über die Angst)
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1976.


seleção: LdeM

sábado, 3 de setembro de 2011

mais discursos de Thomas Mann



Thomas Mann

Ouvintes Alemães

Discursos contra Hitler (1940-1945)

trad. Antonio Carlos dos Santos e Renato Zwick




Agosto de 1941


Ouvintes alemães!

Há uma polêmica no mundo sobre se é realmente possível diferenciar o povo alemão das forças que hoje o dominam e sobre se a Alemanha é mesmo capaz de se integrar de forma honesta a uma ordem das nações nova e socialmente desenvolvida, baseada na paz e na justiça, ordem que deverá resultar dessa guerra. Se me perguntassem, eu responderia assim:


Admito que isso que se chama de nacional-socialismo tem raízes profundas na vida alemã. É a forma virulenta de degeneração de ideias que sempre trouxeram em si o germe da corrupção assassina, ideias de modo algum alheias à boa e velha Alemanha da cultura e da formação. Aí elas viviam nobremente, chamava-se 'romantismo' e deixaram o mundo fascinado. Pode-se muito bem dizer que elas decaíram, que estavam destinada a decair, visto que foram desembocar num Hitler. Somadas à incrível adaptação da Alemanha à idade da técnica, elas formam hoje uma mistura explosiva que ameaça toda a civilização. Sim, a história do nacionalismo e do racismo alemão que resultou no nacional-socialismo é longa e terrível; ela vem de longe, é interessante no início e se torna cada vez mais vulgar e abominável. Mas confundir essa história com a própria história do espírito alemão e amalgamá-las numa só é pessimismo crasso e seria um erro perigoso para a paz. Sou, e assim respondo aos estrangeiros,otimista e patriota o suficiente para acreditar que a Alemanha que eles amam, a Alemanha de Dürer e Bach e Goethe e Beethoven, terá um longo fôlego histórico. A outra vai perder o fôlego – logo, logo: não se deve confundir seu bufar atual com um fôlego poderoso. Ela já se esgotou ou está em vias de esgotar, justamente no 'Terceiro Reich', que, como desnudamento de uma ideia através de sua concretização, representa algo intransponível e totalmente fatal. Exatamente nisso repousa toda a esperança. […]”

 ...

Transmissão especial
Agosto de 1941


Ouvintes alemães!

O maior bem moral que se pode fazer ao povo alemão é contá-lo entre os povos oprimidos. Pois qual será o veredicto sobre a Alemanha e que esperanças se pode ter quanto ao seu futuro se os crimes praticados sob seu atual regime forem cometidos com livre-arbítrio e com a consciência clara? Vocês que escutam a voz da liberdade, uma voz que vem de fora, evidentemente se sentem membros de um povo oprimido, e o simples fato de ouvirem já é um ato de resistência espiritual contra o terror de Hitler e a sabotagem espiritual representada pela aventura sangrenta e interminável em que ele os lançou. Na Rússia, os jovens alemães sangram até a morte, aos milhões, seus déspotas admitem que essa única campanha vai adentrar o inverno e, enquanto isso, crescem as forças quase inesgotáveis do exército oponente em um mundo que queria paz, que só pensava em paz, e que no princípio esteve quase indefeso diante da máquina de guerra alemã construída ao longo de sete anos. É de se temer o que acontecerá com a Alemanha se a guerra prosseguir por mais um ano, dois anos – e ela vai continuar, pois nem sequer vocês mesmo ainda acreditam que vão derrotar a maioria da humanidade, maioria que se opõe aos planos de Hitler. Alemães, não deixem as coisas chegarem ao extremo! Vocês mesmos deveriam se livrar do governo infame, governo que os degrada indizivelmente e em cujas mãos vocês caíram por conta de um destino sombrio; vocês deveriam provar aquilo que o mundo ainda se esforça para acreditar, que o nacional-socialismo e a Alemanha não são uma e a mesma coisa. Se vocês seguirem Hitler por toda parte até o fim, então crescerá um afã de vingança que encherá de pavor todos aqueles que simpatizam com a Alemanha. Vejam como os povos oprimidos da Europa se armam contra o mesmo inimigo que também oprime vocês. Vocês querem ser inferiores a eles, ter menos caráter, ser mais covardes que eles? Pensem que a ferramenta para a escravização do mundo é obra de suas mãos e que Hitler não pode levar adiante sua guerra sem a ajuda de vocês. Neguem a ajuda de suas mãos, não contribuam! Fará uma enorme diferença para o futuro se forem vocês mesmos, alemães, a eliminar o homem do terror, esse Hitler, ou se isso acontecer por força externa. Só se vocês mesmos se libertarem terão direito a participar da ordem mundial justa e livre que está por vir.


...


Setembro de 1941


Ouvintes alemães!

Em sua magnífica História da Guerra dos Trinta Anos, Schiller conta como os inimigos do cavaleiro Gustav Adolf espalharam propositalmente terríveis boatos sobre seu modo cruel de guerrear, boatos que não podiam ser refutados inteiramente nem pelos exemplos brilhantes de humanidade que o rei dava. “temia-se”, diz Schiller “que os outros nos fizessem o que sabíamos que faríamos em caso semelhante.” não é essa a exata definição do motivo pelo qual o povo alemão acredita ter de lutar até o mais extremo nesta guerra ilimitada e impossível de ser vencida, suportar infindáveis sofrimentos e ter de seguir seus líderes desesperados sempre mais além, até sabe Deus que fim? O povo alemão teme, caso abandone seus líderes, ter de sofrer isso que ele sabe que os nazistas, em caso de vitória, vão impingir aos outros: aniquilação. A propaganda de Goebbels grita isso todos os dias em seus ouvidos: vocês têm de vencer ou serão aniquilados. Vocês podem escolher apenas entre a vitória total ou a queda.


Mas primeiro, alemães, vocês deveriam pensar que uma liderança que leva seu povo até a beira do abismo de semelhante alternativa – subjugar o mundo ou morrer – é uma liderança  de aventureiros infames. E, segundo, deveriam pensar que a concepção da aniquilação dos povos e do extermínio das raças é uma ideia nazista – ela não é natural nas cabeças das democracias. O que será e tem de ser aniquilado para proteger a humanidade da escravidão mais repugnante que já violentou a face da Terra é o regime nazista, ou seja, Hitler e seus cúmplices, mas não o povo alemão. É pura loucura esperar que a Inglaterra, que em meio à guerra realiza talvez a mais significativa revolução social de sua história, e os Estados Unidos de Franklin Roosevelt cultivem intenções de aniquilamento de qualquer espécie contra o povo alemão, seja aniquilamento econômico, político ou diretamente físico. Essas nações e seus homens de Estado sabem que o mundo se encontra em uma crise que é usada por Hitler para uma campanha de conquista e escravização, crise que, na verdade, deve conduzir a humanidade a um patamar mais alto de maturidade e emancipação social. Eles não desejam nada além de ganhar a Alemanha, que é indispensável para uma ordem dos povos realizada na liberdade, para essa nova ordem nascida do espírito de uma democracia rejuvenescida. Além disso, o significado principal do encontro do Atlântico entre Churchill e Roosevelt repousa no fato de os Estados unidos assumirem uma corresponsabilidade na paz por vir – e quem pode acreditar que uma paz assinada em Washington terá a mais remota semelhança, sob qualquer aspecto, com uma paz ditada pelos nazistas? [...]”


(grifos meus)



Thomas Mann

Ouvintes Alemães

Discursos contra Hitler (1940-1945) Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2009

trad. Antonio Carlos dos Santos e Renato Zwick



(Entre 1940 e 1945, a convite da rádio BBC, Thomas Mann dirigiu-se do exílio a seus conterrâneos alemães em breves discursos sobre a guerra. Mês após mês o escritor procurou transmitir-lhes confiança, comentou a realidade da guerra e conclamou-os a reverter a situação que haviam permitido e a se engajar na luta contra Hitler.)


mais em


para ouvir
(discurso de novembro/ 1941, etc)



LdeM