1941
maio
Avanço britânico para sufocar revolta dos nacionalistas no Iraq
onde Rachid Ali instala um governo com apoio dos nazistas
“Durante o ano de 1941, a preocupação com importantes fontes de petróleo transformou o Oriente Médio em um palco de guerra. Churchill estava preocupado que a Síria, sob controle do governo pró-alemão de Vichy, formaria o trampolim para a ação da Alemanha contra os campos de petróleo do Iraque. Os temores britânicos aumentaram quando as tropas alemãs se deslocaram pela Grécia e norte da África, parecendo objetivar uma conquista do Oriente Médio. Em abril de 1941, todos os medos de Churchill se tornaram realidade quando Rashid Ali liderou um golpe pró-Alemanha no Iraque – e solicitou apoio alemão para seu governo. Aviões alemães voaram para Damasco e Mosul.”
“Sob um governo pró-Inglaterra por vários anos, o Iraque era a maior fonte de petróleo do país e abrigava uma importante base da Força Aérea Real inglesa em Habbanyia. No entanto, em 3 de abril de 1941, com ajuda de agentes alemães, Rashid Ali tomou o controle do Iraque e recorreu a Hitler para obter apoio.
Rápidos em aproveitar a oportunidade, os alemães enviaram ajuda militar para o Iraque com aeronaves da Luftwaffe, que eram obrigadas a pousar na Síria, controlada por Vichy, para reabastecer. Embora a ameaça fosse, sob vários ângulos, minúscula, as forças inglesas reagiram rapidamente. No dia 17 de abril, tropas indianas reunidas às pressas pousaram no sul do Iraque para proteger os campos de petróleo da região. Encontrando pouca resistência, a brigada inglesa se deslocou para o norte, garantindo a segurança de importantes oleodutos de petróleo enquanto avançava. Em maio, a orça indiana atingiu Bagdah e Habbanyia – apenas para ser atacada por forças iraquianas. Depois de uma breve batalha, os iraquianos foram derrotados, e Raschid Ali [ declarado Primeiro-Ministro] fugiu para o exílio. O governo pró-Inglaterra de Nuri-es-Said foi reinstaurado; no entanto, as tropas inglesas permaneceram na área pelo resto da guerra para garantir a segurança dos campos de petróleo.
“Ainda preocupados que a Vichy francesa representasse uma ameaça no futuro, em junho de 1941, ingleses e forças livres francesas invadiram a Síria, partindo do Iraque e da Palestina. Depois de mais de um mês de inesperada resistência, os Aliados venceram as forças francesas de Vichy, aceitando sua rendição em Aleppo. Em setembro de 1941, forças inglesas e russas ocuparam a Pérsia [atual Iran] para proteger a importante rota de petróleo para a União Soviética.”
pp. 67-68
fonte: JORDAN, David. Atlas da II Guerra Mundial.
Alemanha versus Inglaterra. Volume I de III.
São Paulo: Escala, 2008.
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no Iraq em junho 1941
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Bombardeio sobre a Grã-Bretanha
Entre 9 e 10 de maio de 1941 ocorreu o último grande ataque (Blitz) sobre Londres, a capital da Grã-Bretanha. Ao mesmo tempo um avião Messershmitt sobrevoava a Inglaterra, rumando não para a capital, mas para uma propriedade rural na Escócia. Enquanto uma chuva de bombas incendiava a metrópole, um dito 'negociador da paz' almejava encontrar contatos nos bastidores da política britânica.
Desde o Dia da Águia – Adlertag – 13 de agosto de 1940, e o último grande ataque – em 15 de setembro – as estratégias da Luftwaffe para preparar uma esperada invasão - das forças alemães no território britânico – foram rechaçadas pela resistência dos 'poucos' – os pilotos da RAF, Royal Air Force – que não mediram esforços para derrubar os caças e os bombardeiros alemães.
O último grande ataque em Londres foi em 10 de maio: 515 bombardeiros destruíram ou danificaram vários prédios importantes, como o Museu Britânico , o Palácio de Westminster e o Palácio de St. James. A incursão causou mais vítimas do que qualquer outra: 1,364 mortos e 1,616 seriamente feridos. Seis dias depois, 111 bombardeiros atacaram Birmingham; este seria o último grande ataque a uma cidade britânica por aproximadamente um ano e meio.
No plano político, o ditador alemão Hitler ainda não se decidira por uma 'guerra total' contra a Grã-Bretanha, esperando a neutralidade britânica para estabilizar a hegemonia alemã na Europa ocidental, e preparar-se para a invasão do Leste, rumo à conquista do 'espaço vital' (Lebensraum), nas estepes ucranianas e russas.
Muitos historiadores – ainda mais depois do voo de Hess – discutem se Hitler queria mesmo invadir as ilhas britânicas, ou seria tudo um modo de ameaça, ou ainda uma forma de desviar as atenções dos russos soviéticos.
(txt: Leonardo de Magalhaens)
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15 september 1940
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próximo -- O Voo de Hess - 10 maio 1941
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