Batalha de Creta
(Luftlandeschlacht um Kreta / Battle of Crete)
20/21 maio
Unternehmen Merkur / "Operation Mercury"
Após o rápido avanço sobre a península da Grécia a partir da Iugoslávia e da Bulgária, as forças alemãs forçaram as forças britânicas a recurarem rumo ao sul, rumo a ilha de Creta. O reduzido território cretense tornou-se assim um novo ponto de retirada, uma nova Dunkirk.
Mas as forças alemãs em breve passariam a ocupar – via ataques aéreos – as áreas da ilha, isolando as forças britânicas em algumas cidades e aldeias da área litorânea. Combates entre paraquedistas alemães e tropas britânicas se registravam por toda a ilha.
Baixas consideráveis de lado a lado, com maior proporção para as baixas dos paraquedistas alemães – tanto que as operações aero-transportadas foram evitadas em outros momentos do conflito mundial.
Vejamos uma fonte italiana.
O Salto Aéreo sobre Creta
“A paternidade do Sprung nach Kreta, ou salto sobre Creta, é do general Kurt Student, veterano da aviação da Primeira Guerra Mundial. A primeira das operações aerotransportadas alemãs do segundo conflito mundial deve consolidar as conquistas do Eixo nos Balcãs, culminando na tomada de Atenas no dia 27 de abril de 1941. em 20 de maio o lançamento de paraquedistas alemães colhe de surpresa os cerca de 35.000 efetivos da guarnição inglesa na ilha (coadjuvados por duas divisões gregas), comandados pelo general Bernard Freyberg. O sucesso dessa inédita variante da Blitzkrieg – os ingleses julgam impensável que o inimigo esteja em condições de conquistar Creta sem o controle do mar – se deve à combinação de dois elementos: o bombardeio aéreo dos aeroportos seguido da chegada dos paraquedistas. Embora Freyberg tenha sido informado da operação alemã e peça reforços, os comandos ingleses negam-lhe qualquer ajuda para não comprometer o segredo de Ultra, código com o qual foram decifradas as mensagens que os alemães trocaram entre si para aperfeiçoar os detalhes do ataque. De outro lado, Freyberg só dispõe de seis tanques e de poucos aviões que não estão em condições de interceptar as tropas aerotransportadas que chegam em planadores e aviões de transporte.
Depois de dez dias de domínio dos céus por parte da Luftwaffe – que torna inútil toda possibilidade de intervenção da Royal Navy (três cruzadores e seis caça-torpedeiros afundados), e apesar das graves perdas alemãs, Student garante a vitória na batalha. Os aeroportos de Maleme e Retimo, no norte da ilha, logo caem em mãos dos alemães. Os ingleses contam cerca de 3.000 entre mortos e feridos, 18.000 soldados são evacuados no curso de operações em que a aviação alemã destrói considerável quantidade de navios britânicos e 12.000 são feitos prisioneiros. Creta é um brilhante sucesso para os estrategistas alemães, e a bandeira do Reich tremula em uma zona estrategicamente vital para a frota naval britânica, que perde assim o controle do mar Egeu. A conquista da ilha, realizada com uma operação conduzida exclusivamente pelo ar, permanece uma das mais audazes empresas militares de todo o conflito. Mas o elevado número das perdas (cerca de 4.000 mortos e outros tantos feridos) dissuadirá os alemãs de empreender novas ações aerotransportadas semelhantes em território inimigo. Pouco depois inicia-se, nas montanhas da ilha, a resistência dos guerrilheiros gregos, ajudados por alguns sobreviventes ingleses. Os alemãs abandonarão a ilha em 1944.”
(p. 93)
fonte: FIORANI, Flavio. História Ilustrada da II Guerra Mundial. Vol. 1. SP: Larousse, 2009.
...
link para o livro de Anthony Beevor
sobre a Batalha de Creta
na Wikipedia
fotos
.
videos
(em idioma grego)
sobre os soldados da Commonwealth
(New Zealand movie)
(auf Deutsch)(nazi-propaganda)
(nota: mais sobre a propaganda nazista em
LdeM
Nenhum comentário:
Postar um comentário