Caçada ao Bismarck
O Bismarck
“O orgulho da construção naval militar alemã é o couraçado Bismarck. Esse colosso do mar de 51.000 toneladas, munido de oito canhões de 380 mm e 19 peças de artilharia de 152 mm , capaz de desenvolver uma velocidade de 20 nós, deixa o porto de Gdynia no Báltico no dia 18 de maio de 1941, sob o comando do capitão-de-fragata Ernst Lindemann, para alcançar as águas do Atlântico norte junto com o cruzador pesado Prinz Eugen (18.000 toneladas), sob as ordens do capitão Brinkmann. O objetivo da missão é deixar em sério perigo as frotas aliadas com uma ação corsária. O almirante Gunther Lütjens é o comandante geral da formação. Os ingleses, alertados pelas mensagens de seus informantes, intensificam o reconhecimento aéreo na zona do mar do Norte. A Home Fleet mobiliza suas forças ao máximo: no dia 21 de maio as duas unidades alemãs são avistadas por aviões de reconhecimento ingleses no porto de Bergen, na costa norueguesa. No dia seguinte, parte da base escocesa de Scapa Flow uma armada sob o comado do almirante John Tovey, composta de dois couraçados (o King George V e o flamante Prince of Wales), os cruzadores de batalha Hood e Repulse, o porta-aviões Victorious, os cruzadores pesados Norfolk e Suffolk e seis destroieres.
Nevoeiro, chuvisco e mar revolto farão a moldura atmosférica de uma das mais memoráveis batalhas navais do conflito. No dia 23 de maio as duas unidades alemãs são avistadas pelo cruzador Suffolk. No dia seguinte, as duas joias da Kriegsmarine abrem fogo contra o Prince of Wales e o Hood, que, chegando perto dos navios inimigos, deram início à batalha. Uma granada de 381 mm do Bismarck acerta em cheio o Hood, que, após uma gigantesca explosão, se parte em dois e vai a pique em poucos minutos. Dos 1.415 homens da tripulação salvam-se apenas três. O Prince of Wales abandona o combate e se retira; o mesmo faz o Prinz Eugen, que conseguirá alcançar a base de Brest. Depois de desaparecer misteriosamente dos radares ingleses, o Bismarck é avistado novamente no dia 26 de maio por um hidroavião inglês. Aviões torpedeiros levantam voo do porta-aviões Ark Royal. Nas poucas horas antes que o couraçado alemão alcance o guarda-chuva protetor da aviação do Reich baseada na França, seu destino é selado. Ao entardecer, antes que o Bismarck alcance o braço de mar que dá acesso ao ancoradouros de Brest na costa francesa, um torpedo atinge seu leme. Às 8h47 da manhã do dia 27 de maio, o Bismarck é alvo do fogo concentrado das unidades navais inglesas, que o reduzem a destroços.
Duas horas depois, o Bismarck afunda. Dos cerca de 2.300 homens da tripulação, apenas 110 são salvos. Com a destruição da joia da Kriegsmarine, conclui-se uma das mais longas batalhas navais do conflito. Doravante o peso da guerra naval no Atlântico norte será sustentado quase exclusivamente pela frota de submarinos de Karl Dönitz.”
(p. 95)
fonte: FIORANI, Flavio. História Ilustrada da II Guerra Mundial. Vol. 1. SP: Larousse, 2009.
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“Em maio, o couraçado Bismarck comandado pelo almirante Gunther Lutjens, adentrou pelo Atlântico para saquear um navio Aliado. O Almirante inglês rapidamente reuniu seus mais poderosos couraçados para atacar o Bismarck. Saindo da costa sul da Islândia em 24 de maio, o mais poderoso navio na missão, o Hood, acompanhado pelo novo couraçado Prince de Wales, estava pronto para atacar o Bismarck. Os oponentes abriram fogo em um alcance de mais de 22 km . Quase imediatamente, uma bala alemã abriu um buraco na frágil blindagem do deque do Hood – detonado como um rastro de pólvora. A explosão que se seguiu fez o Hood se partir em dois, matando, com exceção de 3, todos os 1.400 tripulantes do navio. O Prince of Wales, também danificado, interrompeu a batalha. A perda do Hood surpreendeu os ingleses, e o Bismarck parecia pronto para sair desenfreado pelo Atlântico.
O Bismarck, no entanto, também tinha sido danificado na batalha e teve que seguir para a costa francesa em velocidade reduzida, esperando abrir distância de qualquer perseguidor inglês. Na tarde de 26 de maio, um ultrapassado torpedeiro britânico Swordfish biplano, levantando voo do porta-aviões Ark Royal, atacou o Bismarck, atingindo seu leme. Resistindo a todos os esforços de controle, o navio alemão só conseguiu navegar em largos círculos enquanto a poderosa Marinha Real se aproximava para o ataque fatal.
No dia seguinte, os couraçados ingleses Rodney e King George V atacaram o Bismarck até tudo o que restasse dele fosse o casco em chamas. Finalmente, o navio afundou entre as ondas, e de sua tripulação de 2.000 homens apenas 110 sobreviveram. Os destroços da Batalha do Atlântico pertenceriam aos U-boats [submarinos alemães].”
(pp. 56-57)
fonte: JORDAN, David. Atlas da II Guerra Mundial.
Alemanha versus Inglaterra. Volume I de III.
São Paulo: Escala, 2008.
mais sobre a Batalha do Estreito da Dinamarca
maio 1941
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movie Sink the Bismarck (1960)
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Sobre a Batalha do Atlântico
Submarinos alemães contra navios mercantes dos Aliados
“Em 1941, os alemães ainda não tinham o número de U-boats necessário para exigir controle do Atlântico. Além disso, melhorias na organização de comboios ingleses e o advento de um novo tipo de navio de escolta, a corveta, cuja produção era muito mais rápida, significavam que os próprios comboios eram bem mais protegidos. O crescente envolvimento do Canadá e dos EUA na guerra submarina também fortaleceu ainda mais o sistema de comboio inglês.
Em junho de 1941, os comboios já recebiam proteção por toda a jornada pelo Atlântico, e em setembro as forças norte-americanas se envolveram em uma guerra 'secreta' pelo Atlântico contra os U-boats, atacando todos os submarinos alemães que encontrassem, apesar de sua suposta neutralidade. Dessa forma, os U-boats alemães tinham que buscar suas presas cada vez mais longe para evitar destruição. A área de operação mais comum para os comandantes dos U-boats era o chamado 'intervalo do meio Atlântico'. Lá, fora do alcance da cobertura aérea aliada, os U-boats tinham seus maiores sucessos. Os submarinos alemães também encontraram um bom ponto de perseguição na longa costa oeste da África, perseguindo os comboios ingleses de Serra Leoa.”
p. 56
fonte: JORDAN, David. Atlas da II Guerra Mundial.
Alemanha versus Inglaterra. Volume I de III.
São Paulo: Escala, 2008.
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Os U-Boats de Dönitz
“Karl Dönitz, almirante no comando da frota submersível alemã, é o principal artífice da estratégia voltada a estrangular a economia inglesa, interrompendo o fluxo de suprimentos pelas rotas do Atlântico. Sua frota de U-Boats (abreviatura em alemão de Unterseeboot) é o inimigo principal dos comboios americanos em rota para as costas inglesas. Em setembro de 1939, a frota de submersíveis alemães é de 57 unidades, passando a 140 em julho de 1942. seus ataques aos navios aliados atingem a intensidade máxima no inverno de 1942-43. operando tanto em latitudes árticas (contra navios que se dirigem aos portos da Rússia setentrional) como no Atlântico norte (partindo das bases francesas e norueguesas), os U-Boats do tipo IX (com autonomia de 20.000 km ) se movem em 'bando'. Recebendo ordens de terra, concentram-se em áreas específicas do oceano e infligem pesadas perdas aos navios mercantes e às unidades de escolta. Os 'bandos' lançam, de preferência a contravento, ataques noturnos em imersão para explorar a maior velocidade dos submarinos em relação à das unidades de escolta. Sua ação na superfície será progressivamente ameaçada pela aviação aliada e pelas unidades especiais antissubmersíveis que se valem de tecnologias avançadas (incluindo o asdic, antecessor do sonar, capaz de detectar os submarinos em imersão e cargas em profundidade). A guerra submarina sofre uma reviravolta quando os aliados descobrem a chave de decodificação de Enigma, o que permitirá desviar muitos dos navios para longe das zonas de operação das 'alcateias de lobos'.
p. 96
fonte: FIORANI, Flavio. História Ilustrada da II Guerra Mundial. Vol. 1. SP: Larousse, 2009.
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auf Deutsch (nazi propaganda)
(nota: mais sobre a propaganda nazista em
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seleção de textos: LdeM
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