segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Libertação de Paris - agosto 1944







Libertação de Paris

agosto 1944


     Depois dos avanços das tropas Aliadas no norte da França, desde os desembarques na Normandia, com a Operação Overlord, no famoso Dia D, em 06 de junho de 1944, e o bombardeio da cidade de Caen, de junho a agosto, além dos combates no chamado 'bolsão' de Falaise, em início de agosto, finalmente a liberação de Paris na última semana de agosto é iminente, e os cidadãos franceses tomam parte nos combates dentro da cidade, para expulsar o invasor germânico, usurpadores desde a derrota de junho de 1940.

Desde 1940, a capital francesa estava ocupada pelos alemães. Tardaria até meados de agosto de 1944 para que as tropas aliadas conseguissem avançar em direção a Paris.

Já nos dias que antecederam à libertação da cidade ocorreram greves da polícia, dos correios e do metrô parisiense, o rádio suspendeu suas transmissões e, no dia 19 de agosto de 1944, o Comitê da Libertação de Paris conclamou a população a rebelar-se.

Ministérios, redações de jornais e partes da administração municipal foram ocupados. Os grupos da Resistência parisiense passaram a lutar em combates de rua, atrás de barricadas construídas às pressas.

Seu líder era o comunista convicto Henri Tanguy, conhecido como coronel Rol. Ele e seus correligionários queriam aproveitar uma rebelião geral em Paris, a fim de assumir o poder político antes que as forças francesas de Charles de Gaulle e as tropas aliadas chegassem para libertar a cidade.”


Entusiasmada com a progressão das tropas aliadas após os desembarques na Normandia em 6 de junho e na Provença em 15 de agosto de 1944, a população parisiense revolta-se. Dando seguimento ao movimento iniciado pelos funcionários do metrô, gendarmes, policiais e empregados dos correios, uma greve geral é organizada no dia 18 de agosto. Formam-se barricadas, eclodem violentos combates e a Resistência interna luta contra os 20.000 alemães que se encontram na capital.

No dia 25 de agosto, a 2ª Divisão blindada do general francês Leclerc e as tropas aliadas entram na cidade. Pela primeira vez desde 1940, a bandeira tricolor é içada no alto da Torre Eiffel. Na parte da tarde, o general von Choltitz assina a rendição dos ocupantes, ao mesmo tempo que o general de Gaulle faz a sua entrada em Paris e instala no ministério da Guerra a sede do Governo provisório da República francesa. Às 19 horas, pronuncia na varanda da Prefeitura o seu célebre discurso: “Paris ultrajado! Paris martirizado! Mas Paris libertado!”.

Apesar dos confrontos que continuarão ainda durante alguns dias, os parisienses em júbilo assistem à descida dos Champs-Élysées pelo general de Gaulle e os exércitos de liberação.”




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Batalha de Falaise




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quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Revolta de Varsóvia - Agosto / Setembro 1944


 




Revolta de Varsóvia

(Powstanie warszawskie)


agosto / setembro 1944


      Enquanto as tropas do Exército Vermelho soviético avançam da Rússia Branca (Bielorússia) e Ucrânia para a Europa ocidental, os soldados do antes derrotado exército polonês (então um exército clandestino) se levantaram em revolta contra os ocupantes alemães. Os poloneses nacionalistas batizaram a revolta como a Operação Tempestade (Akcja Burza). Mas os resistentes não contaram com o apoio soviético, que não esperava a restauração do antigo governo polonês, odiado pelo ditador Joseph Stálin.

       As tropas do Exército Vermelho estacionaram ao longo do front polonês, alegando necessidade de reabastecimento, após o avanço de dois meses (desde o início da Operação Bragation, em junho), e assim não se articularam com os poloneses para uma ação conjunta contra as tropas nazistas. O resultado foi o esmagamento da revolta e a destruição da cidade de Varsóvia.


“Batidos os nazistas em Stalingrado, em janeiro de 1943 e novamente derrotados na batalha do bolsão de Kursk, na Ucrânia, em julho de 1943, a grande contra-ofensiva soviética aproximou-se das fronteiras da Polônia em 1944. Aproveitando-se da evidência do Exército Vermelho estar nas cerca­nias de Varsóvia, a resistência polonesa do Armija Krazowa (AK), braço militar do governo exilado em Londres, lideradas pelo general Bor-Komarowscki, seguindo nas esteiras do levante judeu do Gueto de Varsóvia, ocorrido em 1943, intentaram um surpreendente alçamento arma­do contra os nazistas como acontecia em Paris na mesma altura. Visavam liberarem a cidade e o restante do país sem apelar para o auxilio direto dos russos.

Os insurgentes então entoaram os versos patrióticos compostos por Casimiro Kumaniewski, em 1942, cantando: "Soou a hora da nossa vingança/ pelas injustiças, pelo nosso sangue e nossas lágrimas/ Nós, soldados, fomos convocados a lutar/ Por Jesus e Maria! Às armas! Às armas! O Céu da liberdade está em chamas/Por nossa pátria e tudo o que ela significa/Até um novo mundo ser introduzido nas nossas vidas/Nosso dever é terminar com a servidão".

Como os soviéticos não foram consultados sobre a conveniência daquela insurreição, iniciada em 1º de agosto de 1944, não houve articulação entre o comando polonês na capital e as tropas russas mais próximas, que estavam do outro lado do rio Vístula, acampadas há alguns quilômetros distantes. Deu-se então a grande tragédia.

Isoladas e mal equipadas, as milícias do AK, depois de sustentarem um combate urbano desproporcional durante 63 dias dentro de Varsóvia, foram dizimadas pelas divisões blindadas da Wehrmacht e da brigada SS Dielenburg. Obedecendo a ordem de Hitler, elas destruíram com canhões, em conjunto com os bombardeios aéreos rasantes feitos pela Luftwaffe, praticamente nove décimos da capital polonesa (98% dos edifícios públicos foram dinamitados).”





Revolta contra a ocupação alemã de Varsóvia, ocorrida entre Agosto e Outubro de 1944 durante a II Guerra Mundial, organizada pela Resistência Polaca. A revolta seria brutalmente esmagada quando a ajuda soviética prometida aos polacos não veio.

O exército alemão começou a retirada de Varsóvia antes da chegada das tropas soviéticas, quando a Resistência Polaca entrou em acção para manter as forças alemãs ocupadas e facilitar a entrada na cidade do exército soviético. Os combates de rua começaram em 1 Agosto, mas no dia seguinte os soviéticos pararam a sua ofensiva, permitindo aos alemães usarem toda a sua força contra a rebelião polaca.

Apesar dos apelos dos polacos, os soviéticos não só não forneceram ajuda como também não permitiram que os Aliados transportassem armas e abastecimentos para os polacos por via aérea. Destacamentos da Resistência que se encontravam fora da cidade e que pretendiam entrar foram cercados e desarmados pelos soviéticos. Percebeu-se então que o objectivo dos soviéticos era que os polacos e os alemães se destruíssem mutuamente para que pudessem impor o seu regime sem terem oposição. A Resistência Polaca rendeu-se a 2 de Outubro de 1944.”





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