Batalha por Caen
junho – agosto 1944
Depois dos desembarques na Normandia,
no norte da França, em 06 de junho de 1944, as tropas aliadas
seguiram rumo à capital francesa Paris, mas enfrentaram grande
resistência das tropas alemãs, principalmente na cidade de Caen,
que seria palco de uma grande batalha ao longo de dois meses, ao fim
da qual a bela cidade normanda estava reduzida a ruínas.
A Caen foi reservado o mesmo destino
de Guernica, Roterdã, Stalingrado, Varsóvia, Nápolis, Leningrado,
Berlim, Dresden, Tóquio, Hiroshima e Nagasaki, dentre outras, que
sofreram com o intenso bombardeio e artilharia, e até bombas
atômicas. Nunca uma guerra foi tão cruel com as populações civis,
que sofreram mais do aqueles que lutavam nas tropas.
“Em junho, Monty realizou três
tentativas de tomar Caen. A primeira delas, foi através de um
assalto direto, conforme planejado, realizado nos dias 7 e 8 de
junho. Ele então, tentou cercar a cidade, numa operação realizada
no dia 13 de junho. A Operação Epson, então, aconteceu no dia 25
de junho, através de uma penetração direta por forças reforçadas,
envolvendo três corpos de exército. Todas falharam. O único ponto
positivo dessas três tentativas, foi que impediram os alemães de
montar um contra-ataque ao longo do Rio Odon, pois foi ali que a
maioria dos combates ocorreu.
No início de julho, Monty estava
perdendo tempo e sem ideias. Caen estava tornando-se estrategicamente
sem importância, visto que os alemães já não mais recebiam
reforços e o Exército dos Estados Unidos fazia progressos para
oeste. Entretanto, para se avançar a sudeste, Caen não poderia ser
deixada de lado e teria que ser capturada. O Plano Charmwood ganhou
força, em especial a utilização do poder aéreo para subjulgar a
cidade.
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O bombardeio a Caen
A primeira sugestão de se utilizar
bombardeios pesados para acabar com o impasse de Caen, foi feita no
dia 14 de junho, quando Leigh-Mallory voou até a Normandia para se
encontrar com Monty. O relacionamento entre os dois militares não
era bom, porque o aviador havia se recusado a autorizar a utilização
do poder aérea em missões, por ele consideradas, de alto risco.
Monty, por seu lado, defendia a utilização de bombardeios
estratégicos em apóio direto a tropas terrestres, como já
acontecera na Itália (Monte Cassino no dia 15 de fevereiro de 1944 e
Cassino no dia 15 de março de 1944).
Esse procedimento foi discutido no
quartel general do 2º Exército, sob o comando do General Dampsey,
mas durou pouco, com a chegada de Tedder, Coninghan e Broadhurst. Nem
o Comando de Bombardeio da RAF, nem a USAAF eram a favor do plano.
Seus argumentos eram que a natureza do terreno, impedia a
identificação da linha de bombardeio e dos alvos em si, podendo
causar baixas nas tropas aliadas. E mais, a concentração de alvos
era tão pequena, que não justificava o desvio de tantos recursos.
A política e os egos pessoais teriam
sido suficientes para fazer o plano morrer. Na realidade, o problema
prático falava por si só. O poder aéreo continuava a ser utilizado
taticamente contra alvos particulares, em especial pontos de defesa
muito fortes. O mais relevante era que a ideia núcleo permanecesse
dominante para uso futuro.” (fonte:
http://www.milavicorner.0catch.com/caen.htm)
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