1942
A
Participação
norte-americana
na
guerra
global
Contexto Interno
“O
tratamento
governamental
de
ideias
e
grupos
'subversivos'
durante
a
guerra
foi
louvavelmente
comedido
e
eficaz.
Mas
uma
população
não
perturbada
por
ideias
traiçoeiras
ou
agitação
não
era
a
mais
adequada
para
os
esforços
de
guerra
total.
Tinha
de
haver
envolvimento
enérgico
e
dedicação
do
povo
inteiro.
O
Governo
podia
solicitar
o
povo
a
sacrificar-se
pela
vitória
militar
sobre
os
atacantes,
mas
esse
apoio
era
de
eficácia
decrescente
durante
uma
longa
guerra
e
não
gerava
uma
determinação
realmente
intensa
de
derrotar
a
Alemanha.
(Uma
pesquisa
de
opinião
no
verão
de
1942
mostrou
que
um
terço
do
público
estava
disposto
a
negociar
a
paz
com
a
Alemanha
e
concentrar-se
na
luta
contra
o
Japão.)
Roosevelt
compreendeu
que
a
guerra
moderna
exigia
uma
base
ideológica
para
o
máximo
esforço
público,
especialmente
quando
luta
não
se
desenrola
no
próprio
solo
pátrio.
Assim,
o
Governo
dedicou
considerável
atenção
ao
desenvolvimento
de
uma
explicação
poderosamente
lógica
e
irrefutável
para
os
sacrifícios
da
guerra
global.
Como
era
seu
costume,
Roosevelt
estabeleceu
numerosas
agências
de
propaganda
com
deveres
e
jurisdição
que
se
sobrepunham.
O
Office
of
War
Information
(OWI),
sob
a
chefia
do
jornalista
Elmer
Davis,
era
a
principal
agência
de
informação,
mas
havia
também
o
Inter-American
Affair
Office,
de
Nelson
Rockefeller,
as
agências
de
propaganda
para
cada
departamento
das
Forças
Armadas
e
os
discursos
do
Presidente
e
dos
membros
do
seu
Gabinete.
Seus
esforços
conjuntos
parecem
ter
sido
bem
sucedidos.
O
público
americano
exibiu,
de
1941
a
1945,
uma
notável
unidade
em
torno
do
esforço
de
guerra.
Os
alistamentos
voluntários
foram
elevados,
houve
escassa
evasão
do
recrutamento
e
ainda
menos
deserções,
a
sonegação
de
impostos
nunca
foi
problema,
o
racionamento
foi
amplamente
aceito
(embora
se
desenvolvesse
um
ativo
mercado
negro
nos
dias
finais
da
guerra
)
e
o
número
de
homens
/
horas
perdidos
em
consequência
de
greves
situou-se
muito
abaixo
do
nível
registrado
na
década
de
1930,
exceto
em
1943.
O
Governo,
entretanto,
foi
criticado
por
seu
desempenho
na
mobilização
das
energias
intelectuais
e
morais
do
povo
americano.
Os
críticos
argumentaram
que
o
apoio
público
à
guerra,
de
que
o
Governo
desfrutava,
não
era
o
resultado
da
liderança
educacional
da
Administração
Roosevelt,
mas
do
ataque
a
Pearl
Harbour
e
do
barbarismo
do
regime
nazista.
Com
a
unidade
nacional
virtualmente
assegurada,
pensavam
eles,
o
Presidente
deveria
ter
sublinhado
o
significado
ideológico
da
guerra
de
um
modo
muito
mais
resoluto
do
que
o
fez.
A
luta,
sustentavam
os
críticos,
deveria
ter
sido
clara
e
continuamente
descrita
como
uma
batalha
que
se
tratava
entre
o
status
quo
mundial
e
a
causa
da
reforma
social
progressista.
O
fascismo
deveria
ser
descrito
não
só
como
tirania
política,
mas
também
como
domínio
econômico
elitista
e
franca
demonstração
de
racismo.
Como
isso
não
foi
adequadamente
realizado,
a
coalização
do
New
Deal
viu-se
enfraquecida
e
tanto
a
política
interna
como
a
externa
derivaram
para
a
direita
no
decurso
da
guerra.
A
obra
de
reforma
sofreu
um
retrocesso
e
a
política
externa
americana
ganhou
matizes
conservadores
que
a
tornaram
menos
flexível
e
menos
bem
sucedida
no
trato
com
um
mundo
em
pena
revolução
social.
Estes
pontos
de
vista,
na
forma
de
premonições,
atingiram
Roosevelt
logo
nos
primeiros
tempos
da
guerra
e
ele
parece
ter
concordado
em
que
o
conflito
possuía
um
significado
ideológico
que
o
povo
americano
tinha
de
ser
levado
a
perceber.
Contudo,
a
liderança
ideológica
do
presidente
foi
intermitente
e
os
órgãos
de
propaganda
por
ele
estabelecidos
transmitiram
uma
mensagem
ambígua.
A
maior
parte
das
expressões
oficiais
sobre
as
finalidades
da
guerra,
tal
como
se
refletiram
em
folhetos,
filmes,
publicidade
e
rádio,
fazia
dos
exércitos
do
Eixo
e
da
política
totalitária
o
inimigo
e
da
vitória
militar
o
único
remédio
adequado.
O
rádio,
a
imprensa
e
os
filmes
reforçaram
geralmente
esse
enfoque
simplista
e
militar
do
esforço
de
guerra.
O
ator
Brian
Donlevy,
no
filme
Wake
Island,
dizia
que
os
japoneses
tinham-se
revelado
em
Pearl
Harbor
criaturas
dedicadas
à
'
destruição
pura'
e
que
'temos
de
destruir
o
germe
da
destruição.
Essa
a
nossa
tarefa.”
Por
outro
lado,
alguns
escritores
a
serviço
do
OWI
produziram
folhetos
e
filmes
que
vinculavam
a
guerra
à
reforma
social
interna,
reclamando
com
insistência
o
respeito
pleos
direitos
das
minorias
raciais,
exaltando
as
contribuições
dos
trabalhadores
e
identificando
claramente
o
Presidente
como
fundador
do
New
Deal.
Os
esforços
pessoais
de
Roosevelt
para
elucidar
os
objetivos
finais
da
guerra
foram
igualmente
inconsistentes.
Houve
ocasiões
em
que
se
propôs
abertamente
associas
a
guera,
no
espírito
do
público,
aos
valores
libertários
e
democráticos
do
New
Deal.
Reuniu-se
com
Churchill
em
12
de
agosto
de
1941
para
redigirem
e
divulgarem
a
Carta
do
Atlântico,
na
qual
se
comprometeram
a
apoiar
a
independência,
depois
da
guerra,
de
todas
as
nacionalidades
então
em
status
colonial.
Em
seu
discurso
sobre
o
estado
da
União,
em
janeiro
de
1941,
F.D.R.
Sublinhou
o
compromisso
americano
com
as
'quatro
liberdades',
das
quais
a
terceira,
a
'liberdade
da
fome',
recordava
o
impulso
do
New
Deal
no
sentido
da
segurança
econômica
para
as
classes
baixas.
Depois,
quando
chegaram
as
eleições
de
1942
para
o
Congresso,
Roosevelt
pediu
'um
fim
da
política'
e
desinteressou-se
virtualmente
da
seleção
desse
crucial
Congresso
do
período
de
guerra.
Em
consequência
disso,
o
distanciamento
que
normalmente
se
verifica
em
relação
ao
Congresso
em
meio
de
mandato,
intensificado
em
1942
pela
derrotas
militares
e
a
inflação,
desenvolveu-se
sem
qualquer
controle
por
parte
do
Presidente.
Os
democratas
deixaram
de
acorrer
ás
urnas
em
proporção
incomum,
os
conservadores
de
ambos
os
Partidos
apresentaram-se
bem
e
os
republicanos
acabaram
ganhando
nove
cadeiras
no
Senado
e
44
na
Câmara
dos
Representantes.
Numa
conferência
de
imprensa
em
dezembro
de
1943,
o
Presidente
foi
ao
ponto
de
anunciar
que
o
'Dr.
New
Deal'
tinha
sido
substituído
pelo
'Dr.
Ganha-guerra'.,
separando
claramente
a
guerra
das
metas
políticas.
Aconteceu
então
outro
revés.
Em
seu
discurso
sobre
o
estado
da
união,
duas
semanas
depois,
Roosevelt
fez
o
seu
pronunciamento
mais
radical,
acrescentando
aos
direitos
políticos
já
aceitos
como
essenciais
à
liberdade
uma
'declaração
de
direitos
econômicos1:
o
direito
a
emprego,
alimento,
vestuário,
recreação,
um
lar,
assistência
médica,
educação.
[…]
Fosse
qual
fosse
a
responsabilidade
pessoal
do
Presidente
no
curso
dos
acontecimentos,
as
metas
e
os
interesses
eleitorais
associados
ao
New
Deal
sofreram
um
certo
número
de
importantes
reveses
durante
a
guerra.
O
Congresso,
mais
conservador
depois
de
1942
do
que
fora
desde
a
década
de
1920,
aboliu
as
agências
do
New
Deal
que
considerou
não
darem
qualquer
contribuição
direta
para
o
esforço
de
guerra,
como
o
CCC,
a
WPA e a NYA. […]
WPA e a NYA. […]
Depois
da
guerra,
o
movimento
trabalhista
era
numericamente
mais
forte
(10
milhões
de
trabalhadores
sindicalizados
em
1941,
14
milhões
em
1945),
mas
tinha
perdido
irremediavelmente
a
aprovação
pública.
Talvez
um
fator
ainda
mais
importante,
o
pessoal
dos
quadros
governamentais
mudara
significativamente
quanto
aos
seus
antecedentes
sociais.
[…]
pp.
455-58;
460
Fonte:
GRAHAM
Jr,
Ottis
L.
Anos
de
Crise.
In:
O
Século
Inacabado.
The
Unfinished
Century.
America
since
1900,
1976.
sobre
o
New
Deal
Documentários
série
“Why
We
Fight”
(Por
que
Nós
lutamos)
(Office
of
War
Information)
'War
comes
to
America'
Us
Army
na
França
fotos
by: LdeM